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Spencer Tunick
Por Jorge Barreto* |
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Tunick especial | |
Tunick um nova-iorquino
Desde 1992, Spencer Tunick, nova-iorquino de 36 anos, tira fotos de homens e mulheres despidos, intitulando sua obra como massa humana, já atuou em praticamente todo o mundo civilizado.
Entre suas passagens pelo Canadá, Suíça, Alemanha, Rússia, Itália, Irlanda, República Tcheca, Austrália, Japão, Antártica, África do Sul e Holanda, ele já fotografou milhares de pessoas nuas pelas ruas. Em Melbourne, na Austrália, obteve o maior número de colaboradores: 4.500 pessoas.
Spencer Tunick já teve vários conflitos com a polícia de Nova Iorque, que chegou a prendê-lo, por ter feito posar modelos (às vezes dezenas) completamente nus pelas ruas da "Big Apple".
O fotógrafo foi à Justiça, alegando o direito à livre expressão, e um juiz da Corte Federal de Manhattan considerou que deveria ser pago a quantia de 33.000 dólares para assim reembolsá-lo dos gastos judiciais.
Em junho passado, a prefeitura de Nova Iorque tinha apelado em vão à Corte Suprema dos Estados Unidos para tentar obter uma proibição da foto de gente despida nas ruas.
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Tunick no Brasil
1.500 pessoas tiraram a roupa e se transformaram numa imensa escultura humana para as lentes do fotógrafo Spencer Tunick.
As pessoas posaram nuas no começo da manhã de Sábado, 27 de abril de 2002, para o fotógrafo norte-americano Spencer Tunick no parque do Ibirapuera, em São Paulo.
Na noite anterior ao ensaio fotográfico, os inscritos para participar do evento chegavam a 1,8 mil, de acordo com dados da assessoria de imprensa da Fundação Bienal.
A performance, marcada para começar às 5h30 e com duração prevista de uma hora, atrasou, e acabou depois das 8h.
Todos os participantes receberão depois, pelo correio, uma cópia da foto que participaram.
Com a performance deste sábado, Tunick encerra a turnê Nude Adrift, que em oito meses já passou pelos Estados Unidos, Europa, e no último dia 13 reuniu 450 peladões em Buenos Aires.
As fotos feitas no Brasil serão expostas em fevereiro de 2003 em Nova York, na galeria I-20, onde Tunick já apresentou seus trabalhos.
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Confira agora
todos os momentos desse sensacional ensaio fotográfico
De megafone na mão, auxiliado por uma tradutora, o artista americano comandou a sessão desde as 5 horas da manhã, quando ainda havia uma lua cheia no céu, e só parou após registrar a terceira foto, às 8 horas, com a multidão em um canto do parque de frente para o Obelisco, todos deitados na grama, rodeando a estátua de um esquecido Ibrahim Nobre (1932-1972), apelidado “O Tribuno”, com seu braço estentido e o dedo inquiridor apontado para cima.
Tunick fez três sessões de fotos. Na primeira, o público ficou em pé e olhando para baixo no estacionamento do prédio da Bienal, com a sede da exposição ao fundo, e deitou no chão no mesmo local.
A segunda sessão de fotos foi feita embaixo da marquise do Ibirapuera, com o público em pé e deitado. Já a terceira sessão foi realizada no Obelisco, na frente do parque.
Visivelmente, havia mais homens do que mulheres na performance. Havia casais também na multidão.
Todas as pessoas que participaram da performance tiveram de assinar uma declaração autorizando Tunick a utilizar suas imagens. Todos os participantes receberão uma foto em dois ou três meses, assinada pelo autor.
Ao final das fotos, a drag queen e apresentadora Léo Áquila exaltava. “Foi um luxo! Ele é maravilhoso!”, disse, referindo-se ao fotógrafo. “Alguns vieram com malícia, mas foram dois ou três”, disse Florivaldo Almeida. “No mais, foi pacífico, harmonioso, natural”. “A massa de corpos é uma explosão de vida”, afirmou o fotógrafo. “Eu fotografo todos os tamanhos e formas de corpos a beleza está na personalidade das pessoas”, afirmou ele.
Número de participantes nus em SP surpreende fotógrafo
SÃO PAULO - O fotógrafo americano Spencer Tunick disse após a performance "Nude Adrist", no Parque do Ibirapuera, que o evento brasileiro reuniu quatro vezes mais pessoas que qualquer outro realizado por ele na Europa, onde fotografou. Foi também o maior público em países da América do Sul. Tunick disse que esperava no máximo 700 pessoas para o evento em São Paulo. Ele se surpreendeu com as 1.200 pessoas que compareceram ao Parque do Ibirapuera a partir das 5h deste sábado. - Foi uma experiência inacreditável, que se renova em cada lugar que eu passo. Trabalho com corpos de qualquer tamanho ou forma. E a massa de corpos para mim significa a vida. É uma explosão de vida e não a representação da morte, como algumas pessoas costumam ver (relacionando a imagem com campos de concentração nazistas) - declarou. Rení Tognoni, do GloboNews.com
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A matéria acima foi feita utilizando informações, fotos e trechos de matérias editadas nos jornais:
Folha Online, Jornal da Tarde - Estadão, Terra On line, JC OnLine, Jornal Cruzeiro do Sul On Line, Yahoo Notícias, GloboNews, BBC news.
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