- A colocação da placas foi ótima para a gente. Aqui sempre foi um lugar muito organizado, mas com a demarcação da prefeitura as pessoas irão respeitar mais o local - disse o naturista Alberto Chaia, 45 anos, depois de reclamar que, antes do apoio do Município, os adeptos eram discriminados pelos banhistas.
- Muita gente passava aqui na praia de roupa e ainda reclamava. Para eles, nós é que estávamos atrapalhando - lembrou.
Além de demarcar os 300 metros de extensão da praia destinada ao nudismo, as placas ainda expõem o Código de Ética do Naturista. Dentre as 12 normas de utilização da única praia de nudismo do Município, regras como evitar comportamento abusivo e de caráter sexual e não desrespeitar ou discriminar os naturistas ficaram claras nos acessos à praia.
- Estávamos esperando a instalação dessas placas desde setembro do ano passado. A resolução da prefeitura que liberou a utilização da praia ao naturismo também determinou a exposição das regras - disse o presidente da Associação de Naturismo de Abricó, Pedro Ribeiro.
Segundo ele, que é adepto do nudismo desde os 15 anos, a filosofia do naturismo ''está no respeito à natureza, ao ser humano e a suas diferenças'':
- As roupas discriminam as pessoas, revelam quem é rico e quem é pobre. Já o nu, não. Ele iguala todo mundo.
Abricó pode ser freqüentada também por pessoas vestidas, desde que essas respeitem os naturistas. Mesmo assim, até os vendedores da praia já aderiram ao nudismo.