Entrevista de André Herdy para JOVNAT de Portugal
André Herdy é um naturista dono de invejável fôlego, que lhe permite ser responsável por diversos meios de divulgação do naturismo, acumulados com cargos de diretoria e presidência em várias entidades, além de exercer normalmente sua profissão "civil". Fundador e Presidente da Ynai- Brasil, uma de suas funções, vem se destacando no cenário naturista brasileiro por sua garra, dinamismo e determinação. Concedeu uma entrevista por e-mail ao site dos Jovens naturistas portugueses (JovNAT). Graciosamente enviou para os leitores do OLHO NU poderem também compartilhar de suas idéias e conhecer um pouquinho mais desse nome, que está cada vez mais consolidado no naturismo brasileiro.
entrevista a Vasco Silva*
JOVNAT: O Brasil é um país de profundos contrastes: por um lado um enorme liberalismo e uma boa relação com o corpo, por outro uma repressão aos nudistas e até por vezes ao topless nas praias. Como vês a evolução da mentalidade do povo brasileiro? André Herdy: A imagem que o Brasil tem no exterior não reflete a realidade que encontramos na população brasileira. Na verdade existe um culto ao corpo perfeito, muito incentivado pelas redes de televisão com suas novelas e programas, incentivado também pelas revistas, e toda mídia que exploram ao máximo os ditos “corpos perfeitos”. Este “culto ao corpo perfeito” acaba por gerar na população um sentimento de vergonha a respeito de seus corpos, pois o brasileiro passa longe de ser uma população de corpos perfeitos como os que a mídia insiste em mostrar. Acredito que este é o principal motivo que leva a população brasileira a ter esta repressão ao nudismo e ao topless. As frustrações com relação ao próprio corpo geram uma sexualização sem igual da nudez humana, e quando mostramos que no naturismo a nudez não é sexualizada e que não se precisa ter corpos perfeitos para ser um naturista, acabamos gerando dois tipos de posicionamentos antagônicos.
Alguns não entendem e partem para a repressão total, por acharem que é impossível existir isto, outros vêem no naturismo a válvula de escape para saírem desta cruel busca por corpos perfeitos inatingível, que gera anorexia, infelicidade e até suicídios.
Ficamos felizes por ver que a cada dia, mais brasileiros conseguem entender que nudez não precisa estar relacionada a sexo, que naturismo é a antítese da pornografia e que todo corpo é belo independente de ser perfeito ou imperfeito (até se questionando se esta classificação seria válida, pois todos somos perfeitos com nossas particularidades).
Em alguns estados do Brasil a mentalidade já dá claros sinais de mudança, no estado do Rio de Janeiro, por exemplo, existe uma lei que permite o TOPLESS em todas as praias. No nordeste brasileiro (que normalmente é “invadido” por europeus no nosso verão), o Topless e até a troca total de roupas em praias é visto com uma naturalidade maior do que há alguns anos.
Tambaba, nossa praia naturista na Paraíba, possui um apoio imenso das autoridades municipais, estaduais e até federais, além de não por acaso, ter o seu presidente como presidente do Conselho Maior da FBrN.
No Rio Grande do Sul, os habitantes e frequentadores da Colina do Sol possuem um respeito imenso da população regional e no estado de Santa Catarina, a Praia do Pinho é referência turística obrigatória. Isto se deu por um trabalho sério realizado pelo inquestionável Celso Rossi (que também é o fundador de nossa Federação Brasileira de Naturismo).
Agora estamos com uma liderança forte no Senado Federal que está nos apoiando na aprovação da lei sobre naturismo no Brasil. Fruto de um trabalho do incansável Elias Pereira (nosso Presidente).
Acreditamos que em breve estaremos regulamentados por lei e assim nosso movimento certamente terá mais força ainda.
Creio que não seja errado afirmar que em breve o Brasil será o novo grande destino dos naturistas de todo mundo. Possuímos 8 mil quilômetros de praias maravilhosas, sol de setembro a maio, temperaturas que variam dos 25ºC aos 45ºC durante estes meses, portanto, temos condições de vivenciarmos o naturismo durante boa parte do ano. JN: O naturismo jovem no Brasil é uma realidade em crescimento? AH: Há um ano atrás (25/10/2005) eu trouxe para o Brasil a idéia de se formar um grupo específico para os jovens interessados no estilo de vida naturista. Como havia sido bem comentado no congresso da INF na Croácia, todos deveriam se preocupar com o crescente envelhecimento dos grupos naturistas e tomar atitudes para que os jovens se unissem ao naturismo.
Aqui no Brasil, eu já sentia há mais de 5 anos a necessidade de se fazer algo para trazer a juventude para perto do naturismo. Eu já era secretário da diretoria da Associação Naturista do Abricó, e ajudava no controle da única praia naturista oficial da cidade do Rio de Janeiro.
Buscando na internet, descobri a Young Naturist Association International, que abreviadamente era chamada de YNAI. Filiei-me à YNAI, e fui comunicado por eles que era o primeiro brasileiro a me filiar a esta entidade.
Conversando com eles, me veio a idéia de tentar fazer algo a mais pela juventude naturista brasileira, criando assim a YNAI-Brasil.
A YNAI-Brasil, surgiu apenas com 2 pessoas, e agora com um ano de existência temos 710 associados de todos os estados do Brasil.
Também estamos ajudando a formação de grupos jovens naturistas em outros países como Chile, Peru, Bolivia, Venezuela, Uruguai e recentemente Argentina.
Estes países não possuem nem uma federação nacional de naturismo (salvo a Argentina que recentemente criou sua federação nacional com a ajuda da FBrN) e portanto estamos ajudando a que novos países se tornem participantes desta grande família naturista de todo mundo.
Descobrimos pessoas de extremo valor que não eram conhecidas, pessoas estas que estão mostrando como o naturismo brasileiro tem um belo futuro pela frente. Todos os naturistas do Brasil já perceberam os valores que estamos descobrindo através da YNAI-Brasil, existe um consenso geral que nada de melhor houve no naturismo brasileiro nos últimos anos do que o surgimento da YNAI-Brasil.
Vejo a cada dia que esta idéia de se formar um grupo jovem naturista no Brasil, veio a trazer tantos frutos que ninguém jamais poderia imaginar ser possível.
JN: Dentro do contexto do naturismo brasileiro, será o naturismo jovem uma realidade á parte? Que novas idéias e conceitos trazem os jovens naturistas para o movimento naturista em geral? AH: A YNAI-Brasil surgiu de forma independente, sem qualquer ligação oficial com a FBrN, crescemos um pouco, tomamos força e fomos até um congresso da FBrN em janeiro deste ano solicitar nossa filiação oficial à mesma. Não se enganem, tivemos muitos preconceitos até nossa filiação, e ainda hoje existem pessoas que questionam o porque de limitarmos a idade em 35 anos, se isto não seria uma forma de discriminação.
A todas estas, damos sempre a mesma resposta, a YNAI-Brasil, surgiu para incentivar através de papos virtuais, trocas de experiências, convívios, festas, esportes, alegrias e diversões saudáveis a participação da juventude em nosso estilo de vida.
Mostramos que apenas através de um grupo de amigos da mesma idade, interesses e realidades é que poderemos trazer novos adeptos para o naturismo.
É inimaginável esperar que algum jovem deseje ser naturista ao ver que só existem velhos no naturismo. Não é como preconceito que falo isto, mas sejamos honestos, que assunto teria um jovem que está acabando seus estudos básicos e ingressando na faculdade e no mercado de trabalho se deparando apenas com senhores e senhoras que já contam as aventuras de seus netinhos e já estão aposentados?
Nosso sistema de associação também foi duramente questionado, pois temos um cadastro em nosso site, onde qualquer um gratuitamente pode passar a fazer parte da YNAI-Brasil.
Fomos questionados de como termos a certeza de que a pessoa está bem intencionada. A resposta é que fazemos realmente uma forma de aproximação da juventude com o naturismo bem diferente das tradicionais.
O jovem se cadastra em nosso site e recebe uma carteirinha que o classifica já como NATURISTA onde consta que ele deve cumprir o código de ética naturista em todos os ambientes naturistas onde estiver. Com isto o jovem já se sente parte de nosso estilo de vida, de forma rápida e simples.
Somente depois disto é que ele toma conhecimento que poderia participar mais do grupo através de nosso chat e fórum no Yahoo, e parte então para entrar nos bate papos.
Nesta hora o novato já vai estar participando de discussões sobre naturismo, e vendo que temos uma ampla filosofia de vida. Ele então passa a se sentir mais naturista ainda, mesmo que jamais tenha ido a qualquer local naturista. Toma conhecimento de todas as áreas naturistas, descobre sobre a FBrN e a INF, ou seja, amplia seu envolvimento com o naturismo de forma gradual e natural.
Através disto os mal intencionados acabam saindo do grupo, pois vêem que não é nada do que pensavam, e os que estavam bem intencionados vão se interando mais com o grupo e acabam fazendo amizades com outros que já são naturistas.
Neste ponto fazemos idas a shoppings, cinemas, teatros, restaurantes, sempre vestidos, para conversarmos mais com estes novatos que desejam conhecer o naturismo.
Com isto partimos para outro ponto que são nossos encontros da YNAI-Brasil. Neles o novato pode finalmente ter sua primeira experiência naturista, coisa que certamente irá marcar sua vida!
Como ele(a) está junto a amigos que já são naturistas, acaba por se sentir mais à vontade em tirar suas roupas, e neste momento o apoio dos amigos é fundamental.
Também ressalto a importância de nosso site conter depoimentos de outros jovens naturistas, que certamente ajudam muito aos novatos também.
Depois disto tudo é que finalmente o jovem descobre que existe o Passaporte Naturista da INF, e que a carteirinha da YNAI-Brasil, na verdade só vale para nós.
Nesta hora então o novato, pode enfim se tornar verdadeiramente naturista, possuindo o passaporte naturista.
Tudo isto ocorre de forma gradual, e depende da velocidade de envolvimento que cada um tem. Alguns em poucos dias, já estão conosco nos ambientes naturistas, outros levam meses, no entanto temos tido grandes vitórias e experiências incríveis de novatos.
Creio que esta forma assusta os conservadores, e sei que muitos duvidavam que daria certo, no entanto a prova está ai! Todas as áreas naturistas brasileiras já possuem frequentadores da YNAI-Brasil. Todas elas já comentam como a juventude está “invadindo” o naturismo, todas vêem que trazemos pessoas do maior quilate para suas áreas, e todas estão muito satisfeitas com isto.
Outro grande ponto que nos difere das antigas afiliadas à FBrN (com excessão da Colina do Sol e do Abricó), é que não temos nenhum preconceito em relação ao novato ser solteiro, casado, hetero ou gay.
Isto também assustou muito os conservadores, no entanto provamos que este preconceito é errado, temos em nossa associação a grande maioria solteira.
Obviamente por causa da idade, era de se esperar isto.
Também temos vários homossexuais em nosso grupo, que no entanto, são bem conscientes do nosso código de ética naturista e muitas vezes são mais corretos do que alguns heteros.
Provamos também com isto que trazer os “diferentes” para o naturismo não significa trazer problemas, basta termos uma boa orientação e um forte espírito de luta pelo respeito à Ética. JN: No Brasil, a Colina do Sol é uma referência, mas não estará demasiado explorada e apropriada pela comunicação social? AH: A Colina do Sol é uma referência do naturismo brasileiro por se tratar da única vila naturista da América Latina. Por este fato ela acaba sendo uma “vitrine” e está sempre na mídia. Ela está num processo de mudanças que a transformaram de uma propriedade privada, onde haviam autorizações de residências e negócios, para um clube de autogestão participativa. Creio que as mudanças serão sentidas com o tempo e com a implementação das mesmas.
Particularmente eu adoro a Colina do Sol, creio que seja o lugar dos sonhos de todo naturista brasileiro. Poder viver nu 24h por dia, 365 dias por ano, trabalhando, se divertindo, visitando os amigos... é algo maravilhoso.
No entanto existem alguns problemas, sim! O mais grave no meu modo de ver é que devido ao clima ser dos mais frios do Brasil, nem sempre podemos estar nus, outro ponto é que muitos ficam de roupas mesmo quando o clima está favorável, só retirando-as para ir no lago ou participar de algum esporte.
Gostaria que a nudez fosse mais respeitada e obrigatória na Colina do Sol, creio que seria melhor ainda, mas creio também que isto deve ser decidido pelo Conselho de lá, e em nada devo criticar se acreditam que deva ser desta forma atual. JN: Como pensa que se poderiam estreitar as relações entre naturistas portugueses e brasileiros? Será que têm algo mais em comum além da língua? AH: Brasil e Portugal têm muito mais pontos em comum do que a língua. Nossa população tem raízes bem parecidas e fundamentos bem firmes no catolicismo. Creio que também na questão do naturismo temos muitos pontos em comum. As dificuldades de se apresentar nosso estilo de vida aos novatos é a mesma. Os preconceitos são iguais.
Muitos brasileiros falam que naturismo é coisa de europeu, mas se referindo ao Norte da Europa, bem como sei que muitos portugueses também pensam assim.
Aqui no Brasil temos feito um trabalho para mostrar que os primeiros brasileiros (os índios), eram naturistas, e que foi apenas através da intensa colonização liderada pelos Jesuitas que a nudez passou a ser indecente.
Temos exemplos como o da carta de Pero Vaz de Caminha (escrivão da frota de Cabral) ao Rei de Portugal que mostra claramente que a nudez era natural no Brasil.
“... Pardos, nus, sem coisa alguma que lhes cobrisse suas vergonhas. Traziam arcos nas mãos, e suas setas..."
“... A feição deles é serem pardos, um tanto avermelhados, de bons rostos e bons narizes, bem feitos. Andam nus, sem cobertura alguma. Nem fazem mais caso de encobrir ou deixa de encobrir suas vergonhas do que de mostrar a cara. Acerca disso são de grande inocência..."
“... Ali andavam entre eles três ou quatro moças, bem novinhas e gentis, com cabelos muito pretos e compridos pelas costas; e suas vergonhas, tão altas e tão cerradinhas e tão limpas das cabeleiras que, de as nós muito bem olharmos, não se envergonhavam..."
Gostaríamos de mostrar que talvez a verdadeira origem do naturismo seja bem mais antiga do que parece ser...
Quem sabe não descubramos que ela surgiu desta ex-colônia portuguesa de além mar...
E se assim fosse, a verdadeira origem estaria muito mais ligada a Portugal do que à Alemanha e França... JN: O que falta ao Naturismo Brasileiro? AH: Creio que ao naturismo brasileiro falte primeiramente investimento financeiro. Temos lindas praias naturistas, e poucos clubes, dentre estes, nenhum possui estrutura comparável às dos hotéis e resorts não naturistas do Brasil. Isto é um contra-senso, falta certamente dinheiro nos investimentos.
Creio que qualquer investidor que acreditar no naturismo brasileiro poderia fazer muito dinheiro explorando nossa capacidade turística naturista.
Também falta a aprovação da lei federal a respeito do naturismo, que tramita no Congresso Nacional desde 1998. No entanto temos duas grandes vitórias que nos auxiliam neste ponto.
Primeiramente temos o compromisso do líder do maior partido brasileiro no Senado, que falou recentemente e já está agindo para a aprovação desta lei.
O segundo e talvez mais importante ponto seja a jurisprudência conseguida pela praia do Abricó.
A Praia do Abricó é usada pelos naturistas do Rio de Janeiro desde a década de 40, no entanto apenas em 1992 foi tentada a oficialização da prática naturista em suas areias.
Em 1994 o prefeito da cidade assinou um decreto liberando a praia para os naturistas, no entanto houve uma ação judicial movida por um advogado que contestava este decreto.
Esta ação foi julgada em todas as instâncias da justiça brasileira e os naturistas ganharam em todas! Sendo a única ação da justiça brasileira julgada na corte máxima do país.
Assim sendo por jurisprudência, qualquer ação contra o naturismo deve seguir a mesma linha de julgamento. JN: Existem vários focos de conflito em diversos países do mundo entre as associações naturistas juvenis e as instituições mais antigas. Porque pensas que existem esta rupturas e conflitos? Deveriam as Federações e Instituições mais antigas serem mais tolerantes? AH: Acho que as divergências são naturais entre jovens e idosos. Sempre foi desta forma, a juventude sempre foi mais “revolucionária”, sempre desejou mudanças e evoluções, e os idosos sempre tiveram mais receios de mudar “o que está dando certo”.
Creio que se não fosse pela juventude com suas revoluções, muito da evolução mundial jamais teria ocorrido.
O mais estranho é imaginar que historicamente o nosso movimento é intimamente ligado à juventude.
O primeiro “grupo naturista” do mundo foi o do professor Adolf Koch e seus jovens alunos que praticavam esportes ao ar livre sem roupas.
Portanto a juventude é o berço do naturismo, e como este pode se afastar tanto da juventude ainda é um mistério para mim.
Quando a YNAI-Brasil surgiu também tivemos nossos problemas aqui no Brasil, porém temos muito a agradecer a naturistas históricos do Brasil como o Sr. Affonso Alles da Associação de Amigos da Praia de Galheta em Santa Catarina, o Pedro Ribeiro, criador do projeto de lei sobre o naturismo que tramita no Congresso Nacional e presidente da Associação Naturista do Abricó (da qual já era secretário) e o próprio presidente da FBrN que entendeu nosso ponto e vista e abraçou a causa da YNAI-Brasil.
Também tivemos a “sorte” de ser exatamente o ano de eleições para o Conselho Maior da FBrN e termos sido indicados para fazer parte do mesmo e eleito por unanimidade.
Assim sendo, o Brasil mostra que não compartilha de certos problemas que outras federações possuem.
O resultado deste é o crescimento da YNAI-Brasil e os 2 grupos já oficializados que são filhos da YNAI-Brasil e os outros 2 que estão em formação que também são frutos da YNAI-Brasil.
Vale ressaltar inclusive que os 2 grupos ja oficializados possuem seus presidentes com 24 e 21 anos de idade, e os 2 que surgirão em breve possuem seus presidentes com 26 e 25 anos de idade!
Ou seja, a juventude brasileira não é o FUTURO do naturismo do Brasil, ela já está se tornando o PRESENTE!
Temos 2 outros grupos naturistas do Brasil dirigidos por jovens de vinte e poucos anos, e o ex-presidente de outro grupo brasileiro também faz parte da YNAI-Brasil.
Por tudo isto creio que o Brasil deva servir de exemplo neste quesito de relacionamento entre os jovens e os idosos naturistas! JN: O que pensa do aparecimento da JOVNAT enquanto associação autônoma e independente? E do respectivo site na internet? AH: Acredito que assim como a YNAI-Brasil surgiu independente e rapidamente teve que ser reconhecida pela FBrN, a JovNat também será em breve reconhecida pela FPN. Não creio que deva ser a força, nem com brigas, apenas mostrando um trabalho sério e centrado nos resultados positivos e no código de ética da INF é que conseguiremos ser reconhecidos em nossos valores.
Se for o caso de se trabalhar de forma independente por algum tempo, que assim seja!
Buscando seguir os princípios e normas éticas da INF, nenhuma afiliada a INF poderá, em sã consciência, ir contra o trabalho. JN: Uma mensagem para os jovens naturistas portugueses... AH: Tenham força! Sigam em frente! O naturismo é o melhor estilo de vida que podemos ter, através dele fazemos grandes amizades com pessoas incríveis. Ao nos despirmos, também deixamos de lado todo preconceito e “estatus” sociais, nos tornamos iguais, mais humanos!
Esta talvez seja a maior diferença entre os naturistas e os têxteis, que certamente nos faz pessoas mais felizes!
A liberdade que temos ao estarmos nus em grupo ao ar livre, não tem comparação com nada neste mundo!
Naturismo é sinônimo de liberdade! Foi assim quando o Brasil saiu de seu regime militar, foi assim quando o Leste Europeu saiu dos regimes comunistas, foi assim em todo canto do mundo!
Certamente Portugal terá em breve um expressivo grupo jovem naturista, conscientes, éticos, respeitadores... que poderá mudar a cara do naturismo português.
No que os Jovens Naturistas de Portugal precisarem de ajuda, podem contar com os irmãos naturistas brasileiros, que certamente iremos ajudar!
André Herdy Rio de Janeiro, RJ, Brasil. 08 de dezembro de 2005.
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