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Sem lenço, com documento

No Jornal O Globo de 6 de novembro hoje consta na folha 15 a seguinte matéria:

Uso do passaporte naturista será recomendado em todas as áreas de nudismo

Tulio Brandão

Nus, mas com um passaporte na mão. A recomendação foi dada ontem, no último dia do 10º Congresso Brasileiro de Naturismo, na Praia do Abricó, a quem quiser frequentar áreas de nudismo no Brasil. Um dos organizadores do evento, o diretor social da Associação Naturista do Abricó (ANA), Edson Rodrigues, explicou que o Passaporte Naturista, emitido pelas entidades filiadas à Federação Brasileira de Naturismo (FBrN), é uma forma de evitar presenças indesejáveis em áreas onde os banhistas ficam nus: - Ficou decidido que a federação vai estimular o uso do documento em todas as áreas naturistas do Brasil. Essa posição fortalece a entidade brasileira em relação à Federação Internacional.

Em locais privados, como clubes e hotéis, a federação pretende determinar o uso obrigatório do passaporte. Nas praias, como não é possível impedir a entrada de banhistas, o uso do documento será recomendado. Segundo Édson, a federação brasileira já emitiu mais de 10mil passaportes desde que o documento foi criado, há cerca de quatro anos.

O aparente pudor dos naturistas com a entrada sem controle de banhistas em áreas de nudismo tem explicação. Ontem, durante o evento na Praia do Abricó, uma pessoa foi expulsa da área restrita, por ato libidinoso. O vice-presidente da ANA, Mauro Martins, explicou que atitudes como essa são reprimidas pelos frequentadores: - A filosofia do naturismo é de respeito ao próximo. Queremos que a sociedade entenda que somos pessoas nuas que não estão dispostas 100% do tempo para o sexo. Existe uma diferença frontal entre o naturismo e o hedonismo.

Abricó é naturista. Qualquer prática hedonista, aqui, será reprimida.

Apesar do banhista mais afoito e do sol tímido, o último dia do evento foi um sucesso. Ao longo do dia, cerca de 400 pessoas tiraram a roupa para entrar na Praia do Abricó. A secretária bilíngüe Simone Oliveira, de São Paulo, saiu satisfeita com a experiência naturista no Rio.

- É muito mais fácil fazer amizade em praias de nudismo do que em convencionais.

Fiz grandes amigos, que não me deixaram sequer ficar no camping onde eu tinha planejado me hospedar.

Passei o fim de semana hospedada em casa de famílias de naturistas. - disse ela.

A família Luscher saiu da pequena João Monlevade, município mineiro a 110km de Belo Horizonte, para o Abricó. Sem qualquer problema, Ana Paula Luscher, de 10 anos, e Cristina, de 18 anos, passaram o fim de semana na praia ao lado da mãe, Maria Helena, de 48 anos, e do padrasto José Serafim Muniz, de 52, sem qualquer peça de roupa: - Vamos montar uma comunidade naturista. Por enquanto, só temos essa liberdade com a família em áreas especiais, já que, em casa, duas irmãs não gostam de fazer naturismo. Respeitamos a opção - disse Ana Paula, ao lado da irmã, da mãe e do padrasto.

(enviado em 6/11/06 por André Herdy)

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Jornal Olho nu - edição N°73 - novembro de 2006 - Ano VII


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