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Praia do Abricó por Pedro Ribeiro*
Todos nós sabemos que a luta pelo Naturismo é intensa e sem trégua. Nossa filosofia sofre uma série de preconceitos da sociedade em geral, que acabam vendo o naturismo como um misto de orgias públicas numa espécie de banho romano. Mesmo com tantas aberturas e divulgação na imprensa não especializada, nossa imagem precisa de constante lapidação por que vez ou outra surgem forças contrárias ao seu estabelecimento e continuidade.
Os ataques às vezes vêm explícitos, das mais diversas fontes. Contra esses é até mais fácil de lutar, porque têm forma e endereço. Não são anônimos. É até uma luta leal.
Porém, infelizmente existem os ataques velados, escondidos, dissimulados, com os quais se forma uma luta covarde de minar anos e anos de trabalho pró-naturismo.
A organização da praia do Abricó, no Rio de Janeiro, tem sofrido uma série de ataques feitos dessa forma dissimulada, de uns meses para cá. A impressão que se tem é que a fonte é única, porém espalhada inteligentemente, diga-se de passagem, em várias frentes.
Senão, vamos raciocinar e ver o que tem acontecido. A Secretaria Municipal do Meio-Ambiente do Rio de Janeiro, autorizou o corte de todas as plantas consideradas estranhas a uma suposta vegetação original, na encosta dos fundos da praia do Abricó, com o intuito de fazer o replantio de outras. Atualmente o morro entre a estrada e a praia está parecendo a famosa Serra Pelada, do interior brasileiro, onde uma busca desenfreada por ouro e diamante arrasou toda a vegetação do local. O fato é que esta vegetação protegia os naturistas de olhares curiosos, maldosos e grosseiros da estrada que margeia a praia. No momento o naturismo está sendo praticado como se estivéssemos no meio da Av. Rio Branco, no centro do Rio, com olhares curiosos e todo tipo de gente gritando e dando faniquitos.
O estranho nisso tudo é que o parque de Grumari, onde se localiza a praia do Abricó, possui diversas encostas cheias de mato e vegetação não nativa, mas somente esta é que foi escolhida para a realização do trabalho "imprescindível". Devemos agradecer ou lamentar?
Não sou técnico em botânica, mas, se ninguém plantou, toda vegetação é nativa, trazidas por pássaros ou fezes de animais, animais esses, aliás, que perderam seus habitáts naquela encosta (na sexta-feira, 2 de novembro, havia o cadáver de um gambá, morto por alguém criminoso, que se aproveitou do fato de ele não ter mais como se esconder de predadores humanos). O replantio agora é que me parece artificial.
Outro fato interessante e que merece registro é a "dedicação" de uma fiscal da mesma secretaria que já compareceu na praia três vezes para questionar alguns dizeres das placas móveis, confeccionadas pela associação, onde nós defendemos nosso direito de estar nu com tranquilidade e respeito. Essas placas substituem as originais da prefeitura, postas após anos de insistência, porém graças a leis estúpidas foram colocadas fincadas na areia e levadas por uma forte ressaca. Previsível o que aconteceu. Mas nunca foram repostas. E a Associação fez as placas móveis quase idênticas às originais, as quais são colocadas e retiradas quando a Associação está presente na praia.
Nunca em todo esses anos de funcionamento da praia como Naturista tivemos a presença constante de funcionários da Prefeitura que pudessem nos ajudar. No início a guarda ambiental passava uma vez por mês para me perguntar se tudo estava bem e eu assinar um documento que constatavam a presença/passeio deles na praia. Ficavam por cerca de 10 minutos e voltavam somente no mês seguinte. Isso durou quatro meses de novembro de 2003 fevereiro de 2004. Depois disso somente esta fiscal que veio para prejudicar.
Esse fato me faz lembrar um outro. Quando estava a praia do Abricó proibida, por liminar judicial, para a prática do naturismo, a polícia militar destacava dois homens que ficavam TODOS OS DIAS guardando as areias da praia impedindo as pessoas de ficarem nuas. No entanto, quando a praia foi liberada, e foi feito um pedido de patrulhamento fixo na praia, a alegação é de que a instituição não tinha contigente suficiente para atender nosso pedido. Irônico. Para proibir havia. Para ajudar, não. Bem de acordo com a mentalidade política brasileira.
Para completar o quadro, a associação tem recebido diversos e-mails queixosos sobre o papel dos orientadores na praia, com ataques grosseiros pessoais dirigidos a mim, com ameaças do tipo "nós vamos acabar com sua praia", "nós vamos lutar contra a Lei Gabeira". Aparentemente são pessoas que estão servindo como "laranjas" para sujeitos ocultos.
Devemos ficar sempre atentos. O que vai acontecer daqui por diante só o futuro dirá.
*Presidente da Associação Naturista de Abricó |
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Republicação e atualização das notícias publicadas na seção Últimas Notícias entre 5 de outubro a 5 de dezembro de 2007 |
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Deputada vai pedir audiência pública para a Lei Gabeira
A deputada estadual Iraé Lucena da Frente Parlamentar do estado da Paraíba esteve em Brasília em 03/10 com a deputada federal Lidice da Mata, Presidente da Comissão de Turismo da Câmara, e solicitou a realização de uma audiência Publica para aprovação da Lei do Naturismo a qual deverá ocorrer em breve.
Na ocasião convidou o dep. GABEIRA para participar da audiência e da abertura do 31º Congresso Internacional Naturismo de 09/09 a 12/09/2008
(enviado em 16/10/07 por Paulo Campos - Presidente da SONATA) |
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