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Argentinos ocupam uma praia nudista em Camboriú Por: Federico Otermín
em 5 de janeiro de 2008
Para os homens, uma moléstia a menos. A sensação da malha molhada pegada ao corpo não é das melhores. Para as mulheres, uma radical reabilitação têxtil: ultimamente os biquínis são tão pequenos que não tapam (quase) nada. Os argentinos apostaram ontem na Praia do Pinho, a primeira praia nudista do Brasil, localizada a 78 quiilômetros ao norte de Florianópolis, e desfrutaram os 27 graus com toda sua humanidade ao descoberto. Segundo uma estimativa das autoridades do lugar, dos 400 turistas que havia ontem, uns 20 por cento eram argentinos. "No princípio a gente passa todo o dia tapando-se. Mas depois se relaxa e é o mais cômodo que há", explica Juan (nesta nota se omitem os sobrenomes a pedido dos entrevistados), um cordobês que há dez anos troca todos os verões, o fernet pela caipirinha que servem no bar da praia, que ao meio-dia estava repleto de gente que almoçava desnuda. Na Praia do Pinho tudo se faz sem roupas. Há um camping onde tecidos somente são vistos nos toldos das barracas e uma pousada com 21 quartos na qual é usual encontrar no hall pessoas que acham que a roupa um símbolo repressivo. "Há que tratar de estar sempre como viemos ao mundo, nus, que é o natural", teorizou Alejandro, com uma visão do nascimento funcional às férias, porque também "vimos ao mundo" molhados e atados a outra pessoa com um cordão que seria bastante incômodo para umedecer no calmo mar azul. Se nas praias em geral parce haver masi bisbilhoteiros de óculos escuros que areia, Praia do Pinho é a exceção. Por seus atributos, Mariana se encaixa no estereotipo de mulher que monopoliza furtivas olhadas refugiadas nas lentes do sol. "Aqui não me olham. Se em outra praia ponho um biquiíni, me olham de cima a baixo. Mas há muito respeito, estamos todos na mesma", disse. Embora o balneário é público, não é permitido entrar com roupas na zona da praia, que está dividida com bandeirinhas em um espaço para famílias e mulheres sós e outro para homens sós. "Os argentinos consultam muito antes de vir. Querem tranqüilidade e aqui a encontram", contou Anilton Bitencourt, administrador da pousada e do restaurante. Para Enrique, Praia do Pinho é o lugar ideal: "O melhor é que o ambiente é muito familiar. Eu disse a minha velha que não se pode morrer antes de vir a por-se nu em pelo aqui". http://www.clarin.com/diario/2008/01/05/sociedad/s-05906.htm (enviado em 7/01/08 por Florencia Brenner) Tradução: Pedro Ribeiro Nota da Redação: Na matéria original, inexplicavelmente, o nome da praia do Pinho foi trocado para praia do Rosa. |
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