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Jornal Olho nu - edição N°98 - janeiro de 2009 - Ano IX |
Fundamentos para uma FBrN sólida
Caro Pedro,
Sou estrangeiro, mistura de espanhol e italiano, casado, formado, com pós-graduação e mestrado. Vou fazer 62 anos e pratico o naturismo por conta própria desde a minha adolescência. Fiquei constrangido pelas leituras das dificuldades externas e internas do movimento naturista aqui no Brasil, porém achei útil contribuir com a minha opinião.
LEI
Em marketing, um produto encontra-se amadurecido quando conta com a aprovação da massa crítica, ou seja, um número tal de pessoas que garanta a aceitação desse produto no mercado. O naturismo no Brasil está longe disso, porém pretender uma lei que implique a aceitação da maioria é um passo mais longo do que a perna pode dar. O naturismo no Brasil, hoje, é uma minoria, bem menor, por enquanto e não e do interesse das maiorias.
CRESCIMENTO SÓLIDO E GRADATIVO
Porém, é necessário agir de baixo para cima, ou seja, criando clubes privados com parceria de empresários da hotelaria nacionais e internacionais onde naturistas locais e estrangeiros com suas famílias possam desfrutar em segurança desse estilo de vida. Assim que os clubes privados comecem a se popularizar, dará para interessar ás autoridades políticas municipais na aprovação de leis e regulamentos municipais mostrando que o estilo de vida naturista, esta também interligado com o turismo, tanto interno como externo e contribui as arcas do governo local. Crescendo no nível municipal, poderá se crescer no estadual e por fim no nacional. Fazer de cima para baixo é nadar contra a correnteza.
CARTÕES INTERNACIONAIS
Comprar cartões da Federação Internacional de Naturismo agora não adianta se o naturista não tem ou não acha com facilidade onde exercer (em segurança) seu estilo de vida no Brasil, porém é necessário primeiro fortalecer o cartão nacional antes de tentar pegar forças de um cartão estrangeiro, pois é a estrutura do cartão nacional que servirá de apoio ao estrangeiro e não ao invés.
FORTALEZA ÉTICA E MORAL
Os associados que quiserem pegar o cartão nacional devem assinar compromisso de respeitar o regulamento da FBrN e contribuir mensalmente com um ônus ao sustento da Federação. Em troca, o associado recebe serviços e descontos em redes parceiras que abrangem desde turismo até saúde, passando por todos os setores abertos as parcerias.
LIMITES LEGAIS
É importante também convidar aos advogados naturistas a fazer conhecer ao resto dos naturistas quais são os limites das leis que atingem o nosso estilo de vida, para ter claro onde termina o nosso direito e onde inicia o dos não naturistas. Isso implica o conhecimento das leis brasileiras por parte dos naturistas, para respeita-las e para nos fazer respeitar processando a todo aquele que nos faça objeto de discriminação ou de falsas acusações pelo só fato de ser naturistas. Até a Constituição Nacional garante a não discriminação das minorias. Não precisarmos de lei naturista para isso. Reitero que não precisamos convencer a sociedade toda, nem a um estado inteiro, nem ainda, a um município inteiro. Bastará iniciar com clubes privados no interior e no litoral onde os naturistas possam praticar naturismo, tal qual já disse acima, convivendo em paz e agindo em segurança. Porém é imprescindível conhecer quais são os limites legais dentre os quais se podem formar estes clubes naturistas.
Acredito que estes são os fundamentos para uma FBrN sólida, que só é possível a partir de sócios sólidos também.
Fico grato pela publicação...
Abraço,
Gus - Sorocaba - SP (enviado em 14/12/08) |