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Jornal Olho nu - edição N°100 - março de 2009 - Ano IX |
Ooops! Brinquedos anatomicamente corretos por Estevão Prestes* Dizem que ser pai nos remete à nossa própria infância. Quando eu era criança o sonho de todo guri era tem um boneco Falcon, lembram dele? Para quem não lembra, era um soldado em plástico com uns 30cm de altura, que vinha com uma série de trajes, armas e equipamentos para trocar. É claro que, ao tirarmos a roupa do Falcon, por baixo ele não estava pelado: seu quadril era uma cueca plástica azul. Hoje o Falcon é uma raridade que deixou saudades. O boneco da vez chama-se Max Steel. Sim, é claro que comprei um Max Steel para meu filho. O Max é muito parecido com o Falcon, o mesmo tamanho, as mesma articulações. A diferença é que o personagem parece mais jovem e está mais para um esportista que para um militar. E quando tiramos a roupa, a cueca é cinza-grafite. Com a Barbie acontece o mesmo: ela tem seios mas não tem mamilos, e no quadril um calcinha cor-da-pele moldada no próprio corpo, impossível de remover. O mesmo acontece com quase todos os bonecos e bonecas cujas roupas possam ser trocadas. A mensagem é clara: impedir que as crianças vejam, brinquem ou manipulem uma representação de um corpo humano adulto despido. Mas por quê? A resposta, obviamente, tem a ver com os pudores e a "moral" vigente. Entendendo-se "moral" por conjunto de valores defendidos pela "média" da população e impostos sobre a totalidade. Não quero que meu filho cresça achando que algo de errado num corpo humano. Então o que fiz foi customizar o Max-Steel, dando ao brinquedo as formas corretas da anatomia humana. Confiram o resultado nas fotos. Depois de ver as fotos, talvez me perguntem porque não fiz o mesmo com uma Barbie. A reposta é que não tenho filha ainda para brincar com uma. Mas me aguardem! *estevao@naturistascristaos.org
(enviado em 2/03/09) |