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Tradução: Pedro Ribeiro*

Matéria traduzida e fotos reproduzidas sob autorização do autor

Fonte: revista Naturally - issue 71 - summer 2009

Deixar Kiev a uma temperatura batendo no lado de fora a casa dos 5 graus negativos e voar por 20 horas para o outro lado do planeta, o outro lado do Oceano Atlântico, o outro lado do Equador - Sim, quase dez anos de intervalo - "Eu quero retornar ao Brasil," Eu realmente retornei com Tamara e sua família ao reboque, para uma outra grande aventura de um mês para o grande desconhecido.

Uma escala em Paris, onde somente tivemos nosso voo de conexão para São Paulo, onde perdemos nossa conexão para o Rio de Janeiro, e então fomos forçados a passar uma noite em um hotel no aeroporto. Na chegada no Rio no dia seguinte, descobrimos que uma das malas havia sumido - a da pequena Polina. Ela ficou muito perturbada, pois a mala continha a maioria de suas roupas.

Luis, meu velho amigo do ano passado, veio ao nosso encontro com o nosso motorista - Guarani, que parecia como um velho pirata - e nos levou para um hipermercado Carrefour no caminho para casa, onde Polina se reequipou. Embora, com a temperatura nas ruas em torno dos 35°C, ela dificilmente precisaria de roupas, enfim. Esta é uma viagem naturista acima de tudo!

Exaustos mas felizes por estarmos aqui, nós nos instalamos na casa de Luis, que é grande o bastante para acomodar a todos nós; Ela possui cinco banheiros. Luxo real em tal clima e uma pequena piscina no jardim é um sucesso infalível para todo o mundo.

O único elemento desconfortável é o fato de que Luis vive na área da Barra da Tijuca, e a umas duas horas de viagem de ônibus para alcançar o centro da cidade do Rio e as famosas praias de Copacabana e Ipanema.

Por outro lado, ele está somente a 20 minutos de carro da praia oficial de naturismo do Rio - Praia do Abricó - nosso primeiro destino oficial já no dia seguinte.

Cedo na manhã seguinte Um pequeno macaco e um beija-flor no jardim fez-nos saber que realmente estávamos no Brasil tropical, e nos preparamos para nosso primeiro encontro com os naturistas brasileiros na Praia do Abricó.

O sol estava quase fazendo churrasco às 10h da manhã, e nós tivemos que nos encharcar de bloqueador solar para afastar o ataque do sol tropical. No Hemisfério Sul o sol é muito mais forte do que no Norte. Mas, lá, o oceano tem suas ondas enormes. Aqui nós pudemos nos refrescar tanto quanto nós desejamos durante as poucas horas que estivemos.

A praia é bem pequena e cercada por pedras em cada extremidade e uma viçosa floresta cerca o fundo, tornando impossível a entrada de indesejáveis. Ela  é também guardada por dois policiais aos finais de semana, também naturistas, usando apenas bonés, que se certificam se cada pessoa que entra se desnude e fique como um naturista genuíno. Bem eficiente.

Os responsáveis pela praia do Abricó nos receberam muito bem, e durante o tempo em que lá estivemos, fui entrevistado por três jornalistas dos três maiores jornais do país. Luis fez seu trabalho de RP e parecia que todo o Brasil queria minha história. Um grande começo realmente.

Também me pus a filmar nós mesmos e alguns de nossos novos amigos com meu novo brinquedo, uma câmera com formato HD. Por isso é que estávamos aqui afinal. Logo no dia seguinte havia 3 reportagens sobre nós na imprensa nacional, incluindo fotos de meu trabalho. Grande publicidade que mostra o passo avante em que está o naturismo brasileiro desde a última vez em que aqui estive.

A única coisa negativa que eu notei, no entanto, foi a falta de famílias na praia.Nós éramos a única família com crianças que estava presente e eu comentei isso. Parece que a histeria do mundo ocidental a respeito do naturismo familiar tem sido sentida aqui, tristemente. Polina também está desapontada, pois ela tinha sonho de fazer amigas com naturistas brasileiras de sua idade. Mais tarde, Luis nos assegura.Nós tínhamos ainda muitos lugares novos para visitar.

E pelos próximos dias e semanas nós visitamos muitos lugares, com armadilhas turísticas entre eles, quando Tamara e sua família foram ver a estátua do Cristo no Corcovado e outros marcos do Rio, incluindo as praias de Copacabana e Ipanema.

O calor e as cores tropicais são experiências fabulosas também, e toda a cidade já está sob a atmosfera do Carnaval, quando todo mundo se prepara para o soberbo evento no final do mês. Os cortejos de rua são a norma quando cada bairro ensaia  para o evento final, e nós todos nos juntamos ao espírito da festa que invade a alma, independentemente do temperamento pessoal.

Alugamos um veleiro certo dia e navegamos dentro da soberba baía, onde pudemos aportar e brincar em um grande banco de areia com um grupo de famílias naturistas.

Visitamos um par de pequenos sítios próximos ao Rio de Janeiro, onde uma piscina e outros jogos forma abertos para nos acolher e onde tivemos lições de samba entre outras coisas.

Fomos convidados para o bem organizado Clube Recanto Paraíso, onde o proprietário, Valdir, e sua esposa, Fatima, nos receberam muito bem, e onde continuamos o trabalho de nosso filme, embora o prometido "carnaval naturista" não tenha ocorrido, infelizmente. Porém Polina e ou outros foram apresentados ao jogo de shuffleboard, do qual todos gostaram inteiramente, e a grande piscina é uma dádiva contra a temperatura elevada. Há também um lago cheio de peixes, e o restaurante ofereceu-nos um típico almoço brasileiro.

Como este local é muito mais um clube, embora, do que uma estância, eu encontrei a maioria dos membros preferindo se fechar em suas atitudes em relação ao grupo e somente uma família realmente se juntou a nós em nossas filmagens. Reação decepcionante.

  Ao deixar o local naquela tarde, Valdir contou-me que o lugar está à venda, realmente, e me pediu para encontra um comprador para ele. Então, se alguém estiver interessado em ser proprietário de um grande campo naturista no Brasil por um preço razoável, por favor contate me através da revista Naturally.

Ao passar dos dias e com as saídas de nosso grupo fizemos amizade com muitas famílias que se juntaram a nós em cada passeio: Polina fez amizade com duas meninas de sua idade, Estefania e Victoria, enquanto que nos todos nos tornamos amigos do jovem e dinâmico Daniel e seus sobrinhos e outras pessoas jovens que se juntaram alegremente ao meu trabalho de filmagem e de fotografia.

Visitamos muitos lugares de campo nos arredores do Rio, subimos montanhas par alcançar uma dramática cachoeira, tivemos festival de corpos pintados e desfile de máscaras, e então tentamos manter nosso próprio Carnaval naturista, já que estávamos restritos aos nossos planos de viajar a São Paulo e aos Carnavais oficialmente naturistas.

Um problema no Brasil é o sistema bancário, e os demais locais em toda parte onde se pode tirar dinheiro com cartão Visa e passaporte, aqui o serviço não existe, e somente em uns poucos ATMs é permitido retirar uma quantia limitada a cada dia. Western Union opera, mas é caro. Nós resolvemos o fluxo de caixa enviando dinheiro para a conta de meu amigo Luis, embora não seja rápido. Um problema que precisa ser considerado antes de visitar o país é quanto dinheiro será necessário.

Tudo em muito breve tempo passou e nós estamos nos preparando para voltar à fria e glacial Kiev. Recapitulando, todos nós tivemos um fantástica experiência no Brasil, a despeito dos reveses e problemas que inevitavelmente aparecem durante uma longa temporada como a nossa.

Nadamos nas ondas do Oceano Atlântico e sorvemos água de coco fresca na famosa praia de Copacabana. Rimos, gritamos e fomos felizes no enorme caos que é o Rio de Janeiro. Dançamos e balançamos nas ruas com o espírito do carnaval. E, o mais importante, talvez, para mim, gravei horas de vídeos que em breve será transformada em parte de nossa grande aventura naturista brasileira, para viver em nossas mentes por todo o tempo como uma grande inesquecível experiência naturista.

Eu somente espero que meu trabalho seja capaz de retratar o grande espírito do Brasil, as cores, o calor, a amizade e a beleza!

Contatos com Peter Dietrich através da revista Naturally

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