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Jornal Olho nu - edição N°108 - novembro de 2009 - Ano X |
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Leste encontra o Sul por Peter Dietrich* Fotos do autor
Tradução Pedro
Ribeiro revista naturista canadense
Quando meu amigo no Rio de Janeiro, Luís, sugeriu para eu visitar mais uma vez seu fabuloso país para fazer alguns novos filmes e reportagens sobre naturismo, me senti imediatamente interessado e curioso. Estive lá pela última vez a nove anos atrás, quando visitamos o recém-inaugurado campo naturista Amazonat e fizemos um grande filme na região. Desde então, todos os meus esforços para retornar foram em vão: sem tempo, sem dinheiro e sem possibilidade. Mas este ano foi diferente. Luís me contou sobre todos os tipos de mudanças que ocorreram, incluindo o estabelecimento de uma praia naturista oficial no próprio Rio, mais um grande lote de outras possibilidades de filmagens. E também havia o Carnaval, sempre uma atração fantástica para um cineasta. Falei com minha amiga Tamara em Kiev e perguntei se ela estaria entusiasmada em me acompanhar para o Rio, junto com sua família. Desnecessário dizer que ela estava mais do que entusiasmada, assim como seus quatro filhos. A ideia de passar um mês inteiro sob o sol tropical enquanto Kiev estava sob neve e gelo não precisava de muita promoção. Então tudo acordado, nós passaríamos o mês de fevereiro no Brasil. Todo o projeto foi logo ajeitado: passaportes, vistos, bilhetes, bagagem, câmeras. Embora nós fomos! Chegando no Brasil
Saímos de Kiev no alvorecer de uma congelante manhã, voando primeiro a Paris, depois São Paulo, então eventualmente Rio de Janeiro. Porque perdemos nosso voo de conexão em São Paulo, chegamos com um dia de atraso. Para se somar aos nossos pesares, uma de nossas malas estava "desaparecida" - a da jovem Polina, que estava muito transtornada, pois ela continha todas suas roupas. Nós a levamos para um loja no caminho para a casa do Luís, que é bem distante do centro do rio de Janeiro, em uma área calma da Barra da Tijuca. Sua casa é grande, com cinco banheiros e uma piscina, a qual finalmente agradou a todo mundo na chegada. Tinha sido realmente uma longa jornada. Uma vez instalados e recobertos, nosso tour de um mês das facilidades do naturismo do Rio começou fervoroso. Primeira parada foi a Praia do Abricó, a única praia oficial naturista do Rio, perto da casa de Luís, mas a duas horas de carro da praia de Copacabana no centro. Abricó é uma praia pequena, abrigada com uma vista para duas ilhas em frente à costa e cercada por uma floresta tropical ao lado íngreme da montanha, por causa disso protegida de indesejáveis. Nos finais de semana ela é guardada por dois policias, também naturistas, que se certificam que todos que entram em boa-fé e não apenas para bisbilhotar. Roupas não são permitidas assim que você entra. É uma boa regra, eu acho. Bem-vindo à praia
Fomos calorosamente bem recebidos pelos líderes da associação que gerencia a praia, incluindo Pedro ribeiro, o atual presidente. Ele também dirige uma revista online chamada Olho Nu, a qual mantém os naturistas brasileiros atualizados sobre os eventos. Fui entrevistado naquele primeiro dia por três diferentes equipes de jornalistas de três dos maiores jornais do país. Porque Luís tinha promovido nossa chegada por muitas semanas, eu me sentia como uma celebridade às vezes. No dia seguinte havia três reportagens sobre nós em três jornais, complementada com fotos. Sim, naturismo tinha progredido no Brasil desde minha última visita; isto era óbvio. Também comecei meus trabalhos de filmagem e fotos sem objeções, o que foi um bom presságio. Havia no entanto uma falta de famílias com crianças na praia; Nós fomos a única família presente neste dia. Desapontador. Pedro explicou que o naturismo é ainda um tanto desaprovado no próprio Rio, embora progressos já tenham sido feitos. Há muitas famílias que praticam sim o naturismo, mas não em Abricó, como eu descobri mais tarde. Em tudo e por tudo, nosso primeiro dia foi muito bem-sucedido e promissor. Porque o sol tropical estava muito quente, as ondas do Atlântico eram, um convite para um refresco para todo mundo. Meus amigos de Kiev estavam estupefatos ao primeiro olhar de tal paisagem.
Nos próximos poucos dias visitamos muitos pequenos campos e lugares que desistiram do naturismo, e conhecemos muitas pessoas jovens e famílias que fazem do Naturismo Brasileiro um movimento vigoroso e animado, parece ser ao menos em torno do Rio. Infelizmente nossos planos de visitar alguns clubes de São Paulo foram cancelados devido a problemas de viagem, mas gerenciamos para preencher nossos dias com uma variedade de passeios e visitas além das óbvias atrações turísticas, que incluíram a famosa estátua do Corcovado, o Cristo e a praia de Copacabana, entre outras. Como este era o mês do Carnaval do Rio, nós testemunhamos muitas danças e paradas de samba nas ruas. Grande material! Nas montanhas Um outro lugar oficial de naturismo é o clube Recanto do Paraíso, dirigido por Valdir e sua esposa Fátima, que nos fez sermos bem-vindos com um grande grupo de naturistas do Rio. É um maravilhoso lugar nas montanhas a quase duas horas a Oeste do Rio, e tem estado lá por ao menos doze anos.
Ele orgulha-se de uma grande piscina, um lago natural, numerosos quadras de jogos, a sede do clube e um restaurante. É basicamente um clube para membros particulares. Eles nos prometeram um carnaval naturista, mas ele nunca aconteceu, infelizmente. Embora a maioria dos membros não estivessem realmente hostis à nossa presença, eles pareciam relutantes em participar de minha filmagem planejada, então nós apenas focalizamos a nós mesmo em vários pontos em torno do lugar. Foi um dia agradável, e algum grande material foi gravado, incluindo a primeira vez no jogo do shuffleboard de Tamara e sua família, do qual eles realmente gostaram. Quando saímos, Valdir disse me que seu clube está à venda e me perguntou se eu podia ajudá-lo a encontrar um comprador. Então, se alguém estiver interessado em possuir um clube estabilizado perto do Rio de Janeiro, entre em contato. A experiência
Nós subimos uma montanha para descobrir uma fabulosa cachoeira. Desenhamos máscaras de animais e tivemos nosso próprio "Carnaval dos Animais". Usamos pintura e arte corporal para ficarmos mais perto de nossos novos amigos naturistas. Dançamos com guarda-chuvas na praia quando um dia chuvosos interrompeu o sol tropical. Todos nós fizemos muitos novos amigos e como sempre, nossas crianças fizeram amizade com crianças brasileiras a despeito da barreira da linguagem. Para meus amigos ucranianos, toda a experiência foi maravilhosa e única, a primeira vez em que eles saíram da Ucrânia. Sei que todos eles voltaram profundamente enriquecidos com isso, a despeito dos poucos pequenos problemas. Por fim tudo foi uma experiência muito positiva, como espero que meus novos filmes e fotos demonstrarão um pouco, ainda que nada possa substituir a realidade do Brasil e do Naturismo Brasileiro. O Brasil presta-se ao naturismo por seu clima, é claro. Com novas ideias e menos pobreza, esperançosamente andará a grandes passos largos nos próximos anos. Eu certamente espero que todos possamos retornar antes que mais dez anos se passem. (Como ele menciona, o autor está criando muitos vídeos a respeito de sua viagem ao Brasil que estarão disponíveis para comercialização) Matéria e fotos escaneadas da revista original por Luís Salvador, com autorização de Peter Dietrich.
(enviado em 13/09/09) |
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