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Jornal Olho nu - edição N°112 - março de 2010 - Ano X |
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Cartas para esta seção: cartas@jornalolhonu.com Devem constar nome e sobrenome, cidade e estado do redator Não serão publicadas cartas anônimas e sem estas exigências. (A partir deste ponto republicação das mensagens enviadas para a redação do jornal OLHO NU entre 6 de fevereiro e 9 de março de 2010) Resposta da Associação naturista de Abricó
Prezados Senhores,
Envio a resposta que a Associação naturista de Abricó enviou a respeito do incidente em Abricó, relatado por mim e publicado pelos senhores em 19/02/2010.
Atenciosamente,
Fábio Martins
Tudo de bom a você.
Antes de mais nada perdão por essa resposta demorada.
Agradecemos sua opinião e considerações, com as quais concordamos em todos os sentidos. Porém gostaríamos também de deixar claros alguns aspectos.
Na
praia do Abricó não existe segurança contratada. Existe sim serviço de apoio
voluntário, que é feito por associados que se disponibilizam e têm
Todo o voluntariado é orientado a tratar com gentileza e educação todos os frequentadores.
Se
não existisse esse serviço voluntário talvez ninguém pudesse mais
A polícia já foi chamada em diversas vezes para as mais diferentes situações. Ela comparecer na praia é outra história. Você deve ter visto os guarda-vidas fazendo ronda dentro da área naturista. Viu algum policial?Não há. Sabe que o comando alega? Primeiro que praia de nudismo é um antro de perversão e pouca-vergonha, segundo que "jamais vou mandar meus homens para se misturarem com um bando de pelados". Essa é a expressão exata do Comandante do Batalhão da Polícia Militar responsável pela área, nas muitas vezes em que solicitamos a ronda da polícia na praia do Abricó.
Não apóio a atitude da pessoa que bateu no possível ladrão, bandido, encrenqueiro ou no mínimo mal-educado cidadão, aliás, o rapaz que bateu não estava de serviço voluntário no dia, estava apenas como frequentador e interpelou o cidadão como qualquer outro banhista poderia ter feito, mas convenhamos que são poucos os que não reagiriam ao ser xingado da maneira que foi, principalmente pelo cidadão ter antes ignorado todos os avisos e solicitações que lhe foram dados.
Esperamos que essa má-impressão se dilua e que você e seu companheiro, quem sabe também com outros membros de sua família, possam visitar novamente a praia do Abricó e desfrutar da tranquilidade que o poder público não oferece, mas que você encontra aqui e é oferecido a todos, associados ou não, sem qualquer custo para o usuário.
Abraços naturais
A diretoria da Associação Naturista de Abricó"
Fábio Martins Campinas - SP (enviado em 01/03/10) A grande volta
Depois de vários anos afastado, voltei à praia do Abricó neste sábado do dia 20 de fevereiro de 2010. Achei muito boa a freqüência de banhistas, sendo apenas de naturistas, sem a turma do mau comportamento. As novas medidas tomadas pela Associação tirou estímulo daqueles que só procuravam a praia em busca de aventuras sexuais nas pedras, fazendo com que a maioria destes deixassem até de frequentar a praia.
O clima na praia era puramente naturista. Meus parabéns à diretoria da ANA (Associação Naturista do Abricó) por impor esta disciplina que só favorece o naturismo no Rio de Janeiro.
Daniel Pinheiro Júnior Rio de Janeiro - RJ (enviado em 21/02/10) Incidente em Abricó
Eu e meu companheiro estivemos no Rio durante o
carnaval e gostaríamos de
Resultado: o tal sujeito levou violentos socos do segurança, que, depois disso , não precisou se dar ao trabalho de conduzir o tal sujeito para fora da praia...
Levanto a questão; qual o papel de seguranças
privados em um local público?
Permitam-me algumas impressões que o papel do segurança é proteger, cuidar e, se for o caso, defender. Ele não tem prerrogativa de polícia, ainda mais em uma área pública. Como observou um outro frequentador, caso alguém seja agredido dessa forma e resolva fazer um boletim de ocorrência, o segurança, bem como quem o contratou pode ter sérios problemas.
É muito diferente contratar um segurança pra te proteger em sua propriedade e contratar um segurança para vigiar uma praia. Nesse caso, cabe à polícia militar ou guarda municipal conduzir a situação. À segurança cabe, no máximo, proteger quem o contratou.
Sei que o assunto é espinhoso, mas , na minha opinião, equivale à segregação de homens desacompanhados em praias de naturismo. Não nos esqueçamos que a praia é um espaço público e não pode ser loteada por entidades privadas.
Em resumo, acho que deveriam ter chamado a polícia. Não poderiam jamais ter agredido o cidadão, por mais inconveniente que estivesse se comportando.
Atenciosamente,
Fábio Martins Campinas - SP (enviado em 19/02/10) Carnaval fantástico no Abricó
Parabéns aos membros da ANA pela excelência do Carnaval 2010 na Praia do Abricó. Ambiente sereno, gente de alto nível e alma linda, emoldurados pelo Sol que brilhou em todos os dias.
Deu prá relaxar e curtir muito aquela que já considero a melhor praia do Rio.
Em especial a abnegação do Pedro Ribeiro que pavimentou esta realidade naturista em perfeita sintonia com os princípios e ideais dos naturistas no Brasil.
Gostei muito da idéia do transporte alternativo que creio veio p/ ficar.
Louve-se a limpeza e a não proliferação do lixo por parte dos frequentadores, aliás de várias partes do Brasil e do mundo, um exemplo de consciência ecológica de que tanto carece o nosso povo, como pudemos ver por todo o Rio entulhado de lixo e xixi.
Naturismo é cidadania e a mais forte expressão de Democracia em um ambiente público naturalista.
Abraços a todos.
luizinho.
LUIZ AFONSO B. FEITOSA RIO DE JANEIRO - RJ (enviado em 18/02/10) FEDERAÇÃO BRASILEIRA DE NATURISMO - FBrN® - NOTA DE ESCLARECIMENTO
À comunidade naturista brasileira,
Diante do que foi publicado no Jornal Olho Nu, edição de fevereiro de 2010 a Federação Brasileira de Naturismo, recorrendo ao direito de resposta, Lei de Imprensa n° 5.250/67, artigos 29, 30, 31, 32, 33, 34, 35 e 36, vem a público esclarecer que o Senhor Pedro Ribeiro e seu Jornal Olho Nu não estão e nunca estiveram sendo processados pelo Conselho de Ética desta Federação.
Em 14 de Janeiro de 2010, foi enviado pelo Conselho de Ética da Federação Brasileira de Naturismo, via e-mail, uma convocação para que o Sr. Pedro Ribeiro, editor e proprietário do Jornal Olho Nu, prestasse esclarecimentos sobre uma denúncia de autoria do Sr. Renato e publicada no referido jornal, na seção "Cartas dos Leitores", onde relata que foi vitima de furto e maus-tratos numa pousada naturista filiada a FBrN, utilizando-se de palavras grosseiras e escrita em "caixa alta", fez inclusive inúmeros insultos e agressões pessoais aos proprietários da pousada naturista, incitando os leitores naturistas do Jornal Olho Nu a não se hospedarem lá. Importante ressaltar que somente tomamos conhecimento do caso através da denuncia publicada no referido jornal porque, estranhamente, o Sr. Renato não encaminhou sua denúncia diretamente à Federação Brasileira de Naturismo, que é sabidamente a única instituição competente para receber, acompanhar, analisar, apurar e julgar denúncias que envolvam sua filiadas.
Nesse primeiro momento, foi solicitado ao Sr. Pedro Ribeiro, que fizesse a remoção imediata da carta em questão, pois a mesma apenas inflamava dúvidas e agressões pessoais, baseado unicamente na boa fé do denunciante.
Isto
posto, um novo e-mail foi enviado em 20 de janeiro desse ano pelo presidente
José Antonio Tannus ao Conselho Maior da FBrN, com cópia ao Sr. Pedro
Ribeiro e a pousada envolvida, solicitando que o Conselho Maior se
posicionasse com relação à publicação em questão e, creio que o Sr. Pedro
Ribeiro
Acontece que, antecipando-se inclusive a qualquer argumentação por parte do Conselho Maior, o Sr. Pedro Ribeiro tirou precipitadamente suas conclusões e, adotando uma postura unilateral, preferiu lançar dúvidas entre seus leitores, num primeiro momento retirando a carta e colocando a frase em seu lugar: “Mensagem retirada por ordem da Presidência da FBrN em 21/01/10”, ordem esta que a presidência não deu, o que foi feito foi uma solicitação para que ele removesse ate que tudo fosse esclarecido. E, num segundo momento, na edição de seu jornal de fevereiro alega um processo ético que nunca existiu contra o Jornal Olho Nu ou seu proprietário e editor, e gravemente, um suposto cerceamento de expressão disfarçado de censura, que também não existiu por parte da Federação Brasileira de Naturismo, que o tempo todo questionou sobre a forma agressiva da escrita e não sobre a informação. Nota-se com clareza que as atribuições da Federação Brasileira de Naturismo foram atropeladas e ignoradas.
A tentativa de um debate foi repudiada e nossa intenção deturpada.
A nosso ver, este episodio do furto é um caso exclusivo de competência policial e não cabe nem a Federação Brasileira de Naturismo e muito menos ao Jornal Olho Nu, julgar e condenar a pousada em questão nem seus proprietários. E, foi exatamente dentro deste contexto que a Federação interveio e fez a solicitação para que fosse retirada esta carta com teor extremamente ofensivo aos proprietários, ate que os fatos fossem apurados e devidamente esclarecidos pelos órgãos competentes. Esclarecemos ainda, que em momento algum a Federação Brasileira de Naturismo exigiu ou sequer pediu, para que a “carta-defesa” da pousada em questão fosse publicada no Jornal Olho Nu, esta atitude foi uma iniciativa isolada do próprio Editor, Sr. Pedro Ribeiro, que conhece muito bem o amparo legal do direito de resposta.
Pelo visto e exposto no Jornal Olho Nu, edição de fevereiro de 2010 no tocante ao assunto que envolve a Federação Brasileira de Naturismo, o Sr. Pedro Ribeiro usou seu Jornal Olho Nu de forma superficial, confundindo seus leitores e causando mal-entendidos. Pelo exposto, concluímos que a Federação Brasileira de Naturismo nunca processou o Sr. Pedro Ribeiro, não teve o intuito de censurar nenhuma matéria de cunho jornalístico publicada no jornal em que o mesmo é proprietário e editor, ou ainda fez qualquer tipo de perseguição ao naturista Pedro Ribeiro, que muito contribui para o crescimento do naturismo brasileiro.
Essa Federação cumpriu apenas o seu papel de entidade fiscalizadora, isso porque a publicação da “carta denuncia” envolveu duas filiadas a FBrN, de um lado a pousada, que entrou em contato com a diretoria da FBrN prestando esclarecimentos, inclusive nos colocando em contato com seus advogados, e do outro o Jornal Olho Nu que preferiu simplesmente se proteger no que chamou de direito de liberdade de imprensa.
Para reflexão
É
lamentável observar, segundo uma realidade histórica, que sempre houve e há
uma grande falta de respeito ao direito à imagem, por parte da imprensa que,
sem o menor cuidado com os preceitos legais ou conceitos éticos, expõe à
execração pública a imagem particularidades da vida de pessoas que, antes de
qualquer possibilidade de defesa, se vêem às voltas com o fato de terem que
provar que não cometeram um determinado ato ou que as informações passadas
não são plenamente verdadeiras, sendo, muitas vezes, condenadas pela opinião
pública, induzidas por matérias facciosas, sempre incompletas que impingem
tão-somente vergonha e prejuízos morais e materiais a quem é acusado. A
imprensa se coloca como se fosse um 4° poder, assume um papel de acusador,
júri e juiz.
O que a própria imprensa não revela é que há limites em relação à mesma que podem ser internos ou externos. Os primeiros referem-se às responsabilidades para com a sociedade e equilíbrio na divulgação das informações. Os segundos dizem respeito ao confronto com outros direitos, também resguardados e considerados fundamentais pela Constituição Federal.
Nessa formulação clara, destacam-se a Liberdade de Imprensa concebida nos artigos 5º, IX e 220 § 1º e o Direito à Imagem no artigo 5º, inciso X da Constituição Federal, in verbis: "IX — é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independente de censura ou licença; X — são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação; Mesmo com estas liberdades sendo tuteladas e declaradas na Lei Maior, infelizmente, observamos que constantemente a liberdade de imprensa invade o espaço do direito à imagem, violado com bastante freqüência. E daí nos perguntamos a razão dessa violação, desses abusos freqüentes? É como se o direito à imagem não existisse.
Onde estaria o erro? Na formação do profissional de imprensa que não é preparado para lidar de forma ética com a notícia? Na demanda de mercado, que transforma numa guerra insana a busca pela notoriedade pelos "furos jornalísticos"? Na certeza da impunidade ou na falta de amparo jurídico? Então que se tenha uma imprensa imparcial, que efetivamente reflita a expressão da verdade. Mas é importante salientar que o verdadeiro Estado de Direito é aquele que reconhece o direito de todos e não apenas o de alguns.
Atenciosamente....
Diretoria da FBrN Jose Antonio Tannus - Presidente Jorge Bandeira do Amaral – Vice Presidente
Conselho Maior Elias Pereira Miriam Lucia Zorzella Di Dio Arnaldo Ramos Jose Wagner de Oliveira Iran Lamego (enviado em 15/02/10) "SOBRE A COLINA DOS VENTOS"
EU, JORGE BANDEIRA, NÃO CONCORDO COM A POSIÇÃO
DO JORNAL OLHO NU,
Jorge Bandeira- co-fundador do Graúna-Am Manaus - AM (enviado em 10/02/10) Mesmo erro
É de muita responsabilidade deixar esclarecimento de um erro grave ao qual fui vitima na Colina dos Ventos (Paraíba).
Acho curioso que Sr. Zé Antonio Tannús (presidente da FBrN) nem respondeu ao meu e-mail, mas soube sim exigir que o jornal Olho Nu retirasse minha matéria, para prevenir outros Naturistas( eu sou há 20 anos - um dos primeiros consta nos registros da Praia do Pinho) e vc. Zé, me conhece e muito bem, tinha outro conceito a teu respeito; está publicada uma defesa falsa e além de que tenho várias testemunhas que sofreram o mesmo abuso e foram reféns deles. Já mandei cópias de e-mail para o jornal, se quiser providencio mais. Se minha reclamação foi retirada e eles se defendendo, aí está a prova da veracidade dos fatos por mim expostos.
O mínimo que a Colina poderia fazer seria se retratar e indenizar, enquanto isto não acontece vou tomando minhas providências e fazendo bastante propaganda do local.
Desde já agradecido a você, Pedro Ribeiro, que, sim, é um Naturista exemplar.
Sds. Renato Mertens São Paulo - Capital (enviado em 8/02/10) Carta do Renato...
Bom dia, saudações Naturistas.
Na seção de cartas do leitor, impressionei com o item "para não cair no mesmo erro nosso", onde "se retira a carta de Renato Mertens por "determinação da FBrN..."
Como um conceituado jornal, como o já consolidado Olho NU, coloca que segue uma "determinação" de um órgão estranho ao jornal, mesmo sendo a Federação Brasileira de Naturismo, sob a régia do Tannús, que jamais pensei ser contra a democracia e ao estado de direito.
O Sr. Renato e sua esposa, alegam terem sido furtados, o que após o devido registro do Boletim de Ocorrência, fizeram o relato do acontecido, segundo sua versão, e nada mais justo o OLHO NU colocar o direito de resposta da referida Pousada, Colina dos Ventos, mas jamais em tempo algum retirar a carta do Sr. Renato, pois fere o direito constitucional de declarar sua opinião, e os fatos supostamente ocorridos com o casal na pousada.
Lamento o procedimento antiético e desleal do jornal OLHO NU, e espero a devida re-publicação da carta, e se for considerado algo errado na carta, sendo retirada a pedido do Sr. Renato ou a critério do editorial do jornal OLHO NU e nunca sob DETERMINAÇÃO DA FBrN, que não tem poder legal, não deveria assim proceder, e deveria sim publicar uma carta da Federação dando apoio ao Sr. Renato e esposa e a Pousada Colina dos Ventos, pois ambos saem desta ocorrência machucados.
Um forte abraço.
Naturalmente
Cesar Fleury Moraes Santa Cruz do Rio Pardo - SP (enviado em 8/02/10) O caso "pousada"
Pedro, sobre o imbróglio da pousada de Tambaba com o ciente, eu não entendi duas coisas: 1) o que o Jornal Olho Nu tem a ver com isto? Se a função do Jornal é noticiar, cumpriu com a obrigação. Não se discute. 2) o Presidente da FBrN tem alguma autoridade para mandar tirar a informação? Isto é censura deslavada e sem competência para tal. Isto nos faz lembrar os anos cinza que passamos e não queremos retornar.
Tem dó!
Mauro Cherobim Antropólogo São Paulo - SP - Brasil |
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