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Jornal Olho nu - edição N°116 - julho de 2010 - Ano X |
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15 MILHÕES PARA TURISMO NATURISTA por Pedro Laranjeira Fonte: http://freezone.pt
Finalmente, os portugueses acordaram para uma realidade que se vem impondo há décadas e não tem despertado o interesse dos investidores nacionais: o TURISMO NATURISTA.
Se o reconhecimento à prática naturista e o respeito por quem vive segundo esta filosofia de vida e pratica as atividades que lhe são inerentes tem garantia de proteção legal desde 1994, agora reforçada pelo novo Projeto de Lei apresentado ao Parlamento pelo Partido Ecologista “Os Verdes”, a vertente de criação de oferta turística nesta área não tem acompanhado a mesma visão.
Desde o desmembramento da Jugoslávia, que era o “paraíso naturista” na Europa, que Portugal não soube aproveitar o vazio deixado, para colocar no mercado uma oferta que é alvo de procura imensa e tem um potencial de contributo para a nossa balança econômica que só quem esteja muito mal informado não conhece.
Espanha e França não perderam este comboio e a Croácia é já, de novo, um destino de eleição. 12 dos 20 milhões de naturistas europeus compram todos os anos “férias naturistas”. Os Estados Unidos acrescentam um potencial de 40 milhões, para além do resto do mundo, incluindo Canadá, Brasil, Austrália, Japão, etc, com populações da classe média-alta que fazem habitualmente férias no estrangeiro e onde a comunidade naturista é muito forte.
Num país maravilhoso que se reclama do melhor clima da Europa e é um dos 15 destinos mais procurados no mundo, estamos a falar de um potencial de ceca de 80 milhões de possíveis clientes.
PROJETO “EDNATURA”
Este impasse, finalmente, terminou! Surgiu agora em Portugal uma iniciativa privada que vai investir 15 milhões de euros em projetos de infra-estruturas e serviços para naturistas, a chegar ao público em menos de um ano, na Primavera de 2011.
O Projeto chama-se “EdNatura” e prevê a construção de dois empreendimentos turísticos, um na Região Oeste, o outro na faixa algarvia da Costa Vicentina.
Tudo teve início há três anos e tem vindo a ser trabalhado por um empresário português, com grande visão inovadora mas um perfil discreto que não pretende ser exposto, para já, às luzes de ribalta da comunicação social (o que promete fazer quando inaugurar o primeiro (empreendimento), mas que tem desenvolvido planos concretos de planejamento, organização e, sobretudo, relações para a viabilização dos seus intentos, tanto com o poder autárquico das zonas em questão como com o Turismo de Portugal.
Isto deve-se também, explicou-me, a evitar a especulação. Uma notícia das suas intenções saída no Correio da Manhã e que foi apenas um “levantar do véu” quanto ao que se avizinhava, numa ocasião em que estava a negociar um primeiro terreno na Costa Oeste, fez o proprietário subir o preço para o dobro de um dia para o outro.
NAZARÉ, COSTA OESTE
A ideia inicial apontava para perto da Praia do Salgado, mas a Câmara da Nazaré revelou que existia um problema de natureza geológica que custava 1,7 milhões de euros a resolver, pelo que se apontou para outro local.
Vai, portanto, nascer junto à praia, entre a Nazaré e S. Pedro de Moel, com uma área de 70.000 m2.
O projeto consiste num aldeamento turístico inteiramente ajardinado, composto por 60 vivendas em pré-fabricado, T1, T2 e T3, completamente independentes.
Será um condomínio fechado, com Supermercado, piscina, restaurante, salão de jogos, bar salão de estética, lavanderia, clube de saúde, sauna, banho turco, jacuzzi, campo de tênis e um campo desportivo polivalente, para basquete, futebol, etc, com marcações adequadas às modalidades.
Vai ter duas piscinas exteriores de água salgada e uma zona de segurança que conduz à praia, contígua ao empreendimento.
Cada vivenda tem o seu
próprio local de estacionamento e um jardim privado.
A abertura está prevista para a Primavera (Abril-Maio) de 2011.
ALGARVE, COSTA VICENTINA
O nascer do projeto apontava para dois empreendimentos na margem sul, um na zona do Meco, outro na costa vicentina. Surgiu, porém, a possibilidade de obter um terreno maior mais a sul e optou-se pela solução de, ao invés de construir dois aldeamentos semelhantes ao da Nazaré, fazer apenas um, mas de grandes dimensões.
Vai situar-se já no Algarve, mas na Costa Vicentina, perto do Alentejo.
O condomínio terá uma área total de 400.000 m2 e está projetado com as mesmas características e infra-estruturas do da Nazaré, mas com um mínimo de 120 vivendas.
Tal como o primeiro, terá um acesso direto à praia.
O prazo de inauguração está previsto para um ano depois do primeiro, na Primavera de 2012.
TIPO DE TURISMO
A exploração turística de ambos os empreendimentos será feita como é normal em todos os aldeamentos do tipo, por aluguer das casas pelo tempo pretendido, com acesso a todas as facilidades do condomínio.
Não vai ter espaço para campismo ou caravanismo, será exclusivamente para ocupação das vivendas.
Em ambos os casos, 30 a 50% das unidades de habitação serão colocadas no mercado e vendidas a proprietários privados, que as poderão ceder, para além dos seus próprios tempos de férias, para alugar a turistas, processo gerido pelo empreendimento.
Será mantida a privacidade quanto às identidades dos proprietários e estima-se que o custo médio de um T2 ronde os 70/80 mil euros.
Neste momento estão já quatro vivendas reservadas por compradores interessados, no complexo da Nazaré.
IMPLICAÇÕES SOCIAIS
Não estão feitos cálculos de rentabilidade dos projetos, dado que, face à imensa procura que este tipo de serviço tem nos mercados, principalmente no internacional, seja qual for o resultado que venha a apurar-se será sempre uma agradável surpresa.
Entre os dois projetos, vão ser criados até 170 novos postos de trabalho, com alguma contratação sazonal mas com quadros permanentes ao serviço da gestão dos aldeamentos, 12 meses por ano.
Prevê-se a existência de trabalho temporário na época alta para cerca de 35 empregados na Nazaré e 50 no Algarve, como reforço dos quadros permanentes de 35 funcionários no primeiro caso e 50 no segundo, que ali trabalharão a tempo inteiro.
PROJETOS FUTUROS
Sem prejuízo de eventuais desenvolvimentos que venham a ser decididos, tanto nas infra-estruturas iniciais como na construção de outras, existe desde já a ideia de alargar esta oferta ao interior do país, nomeadamente a zonas com praias fluviais ou barragens.
Fomos informados de que existe já uma autarquia “com uma barragem e um rio de água pura, que permite um turismo de qualidade no verão, para naturistas” interessada em receber esta iniciativa que, no caso, irá apontar para pequenos empreendimentos, com 5 a 8 vivendas, tipo turismo rural.
No entanto, segundo declaração do próprio investidor, “só depois das duas primeiras medalhas de ouro” – assim chamou aos projetos da Nazaré e do Algarve.
Prometeu manter a Free Zone informada com notícias “em primeira mão”, que perante ele e aqui nos comprometemos a divulgar em tempo real, à medida que forem sendo conhecidas.
(enviado em 25/06/10 por Peladistas Unidos)
Encontro de praia em Portugal
(enviado em 25/06/10 por Clube Naturista do Algarve) |
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