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Jornal Olho nu - edição N°123 - fevereiro de 2011 - Ano XI |
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Praias nudistas: quando o corpo se libera
Jornal argentino La Nacion, em sua versão virtual, apresentou no dia 18 de janeiro matéria sobre praia nudista La Escondida, em Mar del Plata. OLHO NU reproduz a matéria traduzindo-a para o para o português.
"Todos os anos há um novo público que se refugia nos dois balneários naturistas da Argentina; lanacion.com visitou la Escondida, em Mar del Plata; acesse o vídeo.
Por Mauricio Giambartolomei Enviado especial mgiambartolomei@lanacion.com.ar En Twitter: @mgiambar
MAR DEL
PLATA.- Celeste desce os degraus de madeira que se confundem entre as
dunas. Acomoda sua esteira junto a uma pedra, passa o protetor, põe os
óculos de sol e veste um biquíni. Seus dois amigos, de Rosareo como ela,
se deitam sobre uma toalha e fazem um grande esforço para continuarem
usando shorts. A seu redor a maioria das pessoas está nua.
Caminham, conversam entre si e se banham no mar com naturalidade. "Não
me provoca incômodo e tampouco estou observando os corpos. Se sentem
menos preconceitos", disse.
Da rota não se distingue o balneário se não fossem pelos automóveis estacionados. No alto um cartaz enuncia as regras internas. É proibido o uso de câmaras fotográficas, o ingresso de animais e vendedores ambulantes, jogar bola e escutar música alta. Além disso se esclarece: qualquer conduta de índole sexual será motivo de expulsão. "É normal que as pessoas se dêem um beijo, mas outras atitudes não são toleráveis. As regras são de sentido comum, não pode fazer nada que não faria em outra praia", esclarece Juan José.
Ao avançar pela colina se pode ver uma baía de 200 metros entre as escarpas e uma piscina em meio das dunas verdes em que descansa um casal cinquentão e pançudos sem roupas. Ao lado una mulher desfruta uma sessão de massagens em um pequeno balcão de madeira. Na praia se distinguem as silhuetas nuas, uma mulher sem traje de banho chapinha a água com seu filho no mar sem se importar com as marolas e dois homens jogam frescobol, livres de prendas.
"A primeira vez que viemos parecia o socialismo utópico, todos nus, da mesma forma", recorda Claudia de sua primeira experiência há dez anos no mesmo lugar. "Conhecemos a praia casualmente, estávamos buscando tranquilidade, o baixinho [disse apontando a seu marido Eduardo], a viu e me disse: 'É muito linda a praia, mas estão todos nus, isto te incomoda?'. 'De nenhuma maneira', lhe respondi. Assim descemos". O matrimônio não pratica o nudismo por convicção e somente o faz no verão. "Um dia vim a esta praia vi todos nus e tirei o calção. Somente aqui eu faço e não sou naturista", aponta ele. "Vai caminhando pelas escarpas e sinta as gaivotas, o mar. Parece Adão e Eva, o homem primitivo".
O que as pessoas sentem neste tipo de praias? Liberação. A maior parte das
coincidências é uma sensação de bem-estar. "É agradável a
ideia de entrar na água nu e de fazer algo não habitual. Não é algo
sexual porque a gente se animou a transpor o tabu de estar nu. Sem roupa se vivencia
a praia de outra forma", disse Claudia, artista
plástica que vive em San Telmo.
Apesar de haver um aumento de consultas em matéria de nudismo, a
Argentina não está no mesmo patamar de que outros países da região como Brasil,
Chile ou Venezuela. Sem dúvida, muitos estrangeiros optam pelo turismo
nas praias de Buenos Aires. "Coincide com o poder aquisitivo das
pessoas, com os câmbios de divisas. Depois dos anos 80 podíamos ir à
Europa. Agora é ao contrário, aos estrangeiros lhes convêm o câmbio e vêm
para cá", conta uma das fundadoras e secretaria da Asociación
para el Nudismo Naturista Argentino (Apanna), Florencia Brenner, que
confirma que há maior pedido de informação.
A praia da diversidade. O nudismo opcional permite que as pessoas
mais pudicas visitem o balneário sem tirar a roupa de banho. Ali ninguém
está obrigado a praticá-lo e não será julgado pelos nudistas. "Às vezes
custa descobrir-me, mas não me sinto observada por ninguém. Aqui a gente
está mais relaxada, é mais natural pela paisagem. Nas praias
convencionais as pessoas olham, estão mais atentos", aponta Celeste.
Ela e stá ali por causa de Daniel que se esforça para não sacar o short negro e justo por respeito a sua amiga. Desde 2001 ele chega a Praia Escondida porque comparte a filosofia de combinar natureza e nudismo. "A sensação de estar nu é de total liberdade. A primeira vez que vim corri de ponta a ponta, me sinto distinto de quando estou vestido".
Daniel diferencia o nudismo dos anos 70, quando se o associava com o sexo, com a prática atual. "O sexo e o nudismo são muito diferentes, o que atrai mais é a sugestão. Aqui se conhecem as pessoas como são, não se oculta nada", disse. "Nesta praia há muita diversidade sexual: gays, famílias, grupos swingers e ninguém discrimina ninguém".
Video: Crece el turismo en las playas nudistas (veja acessando a fonte original)Fonte: http://www.lanacion.com.ar/nota.asp?nota_id=1342431
(enviado em 18/01/11 por INFOAPANNA) |
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