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Jornal Olho nu - edição N°127 - junho de 2011 - Ano XI

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Nem fraldas de pano! O papo agora é naturismo

por Ana Carolina Fialho*

(Nota do editor: Matéria publicada originalmente no site http://style.greenvana.com/, na coluna Salve Seu Jorge, que comenta sobre os cuidados com os bebês nascidos ou que ainda vão nascer)

E quando eu pensei que estava causando rebuliço o bastante (fraldas de pano, parto natural…), eis que surge mais uma ideia revolucionária para convencer de vez os meus pais de que não estou batendo nada bem. Trata-se da EC ou elimination communication ou infant potty trainning ou, em bom em velho português, o não uso de fraldas em bebês.

Um dos argumentos que mais fez sentido para mim é o seguinte: desfraldar o seu baby com 2 e meio ou 3 anos já vai dar um trabalhão mesmo — por que então já não passar por isso no comecinho? As defensoras do método dizem que a dificuldade é a mesma.

Os benefícios: evita assaduras, que apesar de já serem menos frequentes em quem usa fralda de pano, atormenta nove entre dez mães de que tenho notícia. Outro: é uma forma de afinar ainda mais a sintonia com o seu filhote.

Isso porque todo o método se baseia no princípio de que o bebê, desde que nasce, dá sinais de que está para fazer o número um ou o número dois. O problema –- ou a solução –- é saber captar esses sinais. Da mesma forma que uma mãe sintonizada sabe se o seu baby está com fome, sono ou cólica (conceito que muito me intriga, diga-se), ela também pode saber se ele está prestes a fazer suas necessidadezinhas.

Achei genial, claro. Meu pai duvida que isso existe, tipo duende mesmo. Como sempre, a ideia soou mera invencionice, excentricidade, “essa menina me aparece com cada uma…!” Entendo, mas o negócio de ficar ensacando os babies, na verdade, é que é a invencionice. Antigamente as pessoas faziam como? Duvido que as mães vivessem sujas,em casas mal-cheirosas. E diz que na Índia até hoje é assim.

Claro que no começo vai haver acidentes, mas, de novo, usar as fraldas seria apenas uma questão de adiar esses contratempos. E dá para adotar o conceito sem eliminar 100% as fraldas — meio termo que acho que vai rolar aqui em casa, até porque já comprei oito lindas e coloridas fraldinhas de pano.

Não acho que todo mundo tem que adotar práticas alternativas para cuidar dos seus bebês, mas acho interessante pesquisar, se informar, para no mínimo saber que, quando você usa fralda descartável, de pano ou não usa, está fazendo uma opção. Porque às vezes parece que só existe um jeito de cuidar de um filho. E tudo que sair um pouco desse script é de outro planeta.

 

 

 

 

 

 

Ana Carolina Fialho (fialho.ana@gmail.com) é jornalista, carioca e vive

em São Paulo há cinco anos.

Em agosto, ela também será a mãe do Jorge.
 

(enviado em 6/05/11 Peladistas Unidos)


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