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Jornal Olho nu - edição N°131 - outubro de 2011 - Ano XII |
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Os "meninos" do surfe por Pedro Ribeiro* O IV Open de surfe de Tambaba não aconteceria se seus principais protagonistas não tivessem participado. Nem todos os meninos que se despojaram de suas roupas e enfrentaram ao natural as ondas da maravilhosa praia de Tambaba são naturistas. Aliás, mesmo os naturistas praticamente encontram dificuldades de exercer o seu direito de ser naturista por causa das imposições restritivas da praia de Tambaba, que impedem que homens desacompanhados de mulheres frequentem, suas areias. Mas isso é outro assunto. O que o jornal OLHO NU vai mostrar a seguir é um rápido perfil de alguns dos 16 competidores, que fizeram o evento brilhar e aparecer na mídia. Os "meninos" têm idade variada, desde o mirim, de 8 anos de idade, aos veteranos com mais de cinquenta. Embora nesta edição tenha sido aberta a categoria Bodyboard Open, especialmente voltada para as mulheres, não houve sequer uma inscrita. Pena. Quem sabe nas próximas edições as mulheres percam a timidez para surfar e para tirar as roupas fazendo parte desta grande reunião fraternal? Conheçamos então os personagens que fizeram a história da praia de Tambaba neste ano. Fernando Eduardo é a primeira vez que participa de uma competição de surfe, naturista ou não, mas já esteve em outras ocasiões surfando nu em Tambaba. Ele frequenta a praia como naturista apenas para praticar o surfe, juntamente com a rapaziada da Arca do Bilú, que já está acostumada. É paraibano de João Pessoa e surfista há dois anos. Tem 21 anos.
O Natalense Reger Santos é um dos veteranos no surf, mas de certa forma ainda calouro no surfe naturista, pois é a segunda vez que participa da competição.No entanto ele já é veterano em surfar nu, pois próximo à cidade onde mora, Natal, existe uma praia deserta aonde, quando ele era garoto, costumava ir para pegar onda nu com o calção na cabeça. Tem 45 anos de idade, e foi o único participante que levou a esposa para torcer junto e curtir a praia. Considera o surfe naturista perfeito porque junta "o esporte mais natural que existe com a forma mais natural de ser". É professor de educação física, trabalhando em academia e como personal trainer. Considerou o evento deste ano mais organizado e mais bem representado pela mídia. Destacou ainda o maior número de participantes, tudo em comparação com as edições dos anos anteriores. Esperançoso de ser bem classificado, reconheceu, no entanto, que o surfe depende muito de sorte, pois cada bateria leva apenas quinze minutos e tem que torcer para que neste momento dê ondas boas. Dã Maciel, apesar da pouca idade, 24 anos, é um dos veteranos da competição, pois já participa desde a primeira edição e é um veterano no surfe ao natural porque filho do Bilú e morador da Arca do Bilú, vizinha à praia, já pratica a nudez surfando desde que foi morar na região há cerca de oito anos. Segundo ele a competição deste ano "correu massa" com todo o apoio de que se precisava. Ele já participou de outras competições surfistas, mas atualmente só participa da naturista. Tem grandes expectativas para as edições futuras e estava confiante em conseguir uma boa classificação. Dã levou troféu por sua classificação em quarto lugar na categoria Local. O paraibano Linho Neto é outro veterano de longa data. Com 52 anos já participou de inúmeras competições de surfe e é a quarta vez que participa do Tambaba Open. Ele é um dos poucos surfistas do mundo que consegue surfar plantando bananeira. E imagina fazer isso nu! Acha que o evento de Tambaba tem tido cada vez mais uma organização melhor. Gostou do prestígio dado com a presença do presidente da FBrN no local. Aposta que isso poderá levar à organização de um circuito nacional de surfe naturista. Está contente também por ter havido reconhecimento da Federação Brasileira de Surf. Ele já frequentava a área de nudismo juntamente com outros surfistas, que tinham permissão para entrar desacompanhados de mulheres, mas somente poderiam chegar, pegar surfe e depois sair, sem poder participar integralmente da praia. Ele é casado, mas a esposa não pratica Naturismo o que o impossibilita de ficar convivendo com os outros naturistas.
Ele é fotógrafo oficial da Assembleia Legislativa do Estado da Paraíba, que funciona em João Pessoa, trabalhando junto com a assessoria de imprensa da Casa. A atividade se surfista naturista é compartilhada por todos seus amigos e colegas de trabalho e não há qualquer constrangimento quanto a isso. A esposa e a mãe não entram na praia, mas ficam do outro lado, na parte não naturista, esperando a competição acabar para voltarem todos para casa. Ele ficou com a quarta colocação na categoria Open. Klauber Lins, 30 anos, mas com jeito de menino, é outro veterano no Tambaba Open. Tatuador profissional, revela sua habilidade pela grande área tatuada em seu próprio corpo, com desenhos incríveis. No surfe naturista sempre conseguiu boas classificações sendo premiado diversas vezes, mas sonha com o primeiro lugar neste edição. O surfe é sua paixão e vive participando de competições pelo Litoral Sul do estado. Ele também lamenta de não poder frequentar a praia fora dos momentos em que está junto com a galera do surfe, por não ser casado. Também fez coro com os outros entrevistados elogiando a organização deste ano. Klauber venceu a categoria Expession Session, com uma manobra conhecida como 360 inversa. Também levou a segunda colocação da categoria Open. David Quirino, 19 anos, é calouro neste tipo de competição. Praticante do esporte em praias como Coqueirinho e Praia Bela, mas já esteve na praia de Tambaba algumas poucas vezes anteriormente para praticar o surfe sem roupas. Quando ficou sabendo do campeonato, não teve dúvidas, resolveu se inscrever imediatamente. Quando não está pegando onda ele é pintor de paredes. É claro que ele se inscreveu para ganhar e estava com boas expectativas. Ele afirmou que surfar de roupas atrapalha. que agora que experimentou vai voltar sempre para continuar surfando nu. Ele se sente mais solto, mais à vontade. Morador do município do Conde não terá problemas para continuar na prática. Ele ficou em terceiro lugar na categoria Open. Reginaldo da Silva, 31 anos, é a segunda vez que compete no Tambaba Open. Pai solteiro, levou seu filho homônimo com apenas sete anos de idade, a completar oito nos próximos dias, para participar da competição juntamente com ele. Trabalhador da construção civil é nascido e criado na praia de Coqueirinho, vizinha a Tambaba. É o único que admitiu frequentar a praia como naturista, e não apenas como surfista naturista, antes da competição. Sua maior experiência como surfista foi na sua praia natal.
O filho parecia bem mais velho quando é visto vencendo as ondas sobre sua prancha. Parece um adolescente de uns 15, 16 anos, principalmente pelas manobras que arrisca e concretiza. O pai entra com ele no mar até passar da arrebentação depois é com ele mesmo. Já acompanhou o pai em diversas situações e por isso acabou sendo convidado pelos outros participantes para tomar parte da competição. O pai garante que ele se continuar se esforçando daqui a uns dez anos vai ser um campeão. Embora tão jovem já participou de outro campeonato de surf, realizado na região, onde conseguiu o primeiro lugar em sua categoria mirim. Por isso Reginaldo, o pai, não teve dúvidas em permitir a participação do filho. E sempre que puder ele vai estar na fita. O pessoense Alan Henrique, com apenas 21 anos, é outro veterano tendo participado de todas as outras edições do Tambaba Open. Surfista já há seis anos, sempre pratica o esporte na praia de Tambaba juntamente com todo o restante da galera capitaneada pelos meninos da Arca do Bilú. Ele não compete em outros circuitos. Participou das categorias Local e Open, esta última pela primeira vez.
*Editor do jornal OLHO NU. |
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