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Jornal Olho nu - edição N°132 - novembro de 2011 - Ano XII |
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Naturalmente
por Paulo Pereira*
Começo tecendo alguns comentários a respeito do conteúdo e das repercussões da entrevista que concedi ao amigo Pedro Ribeiro para a edição nº131 do Jornal Olho Nu. Recebi inúmeros telefonemas e mensagens de leitores e amigos, e quero registrar os meus agradecimentos pelas palavras elogiosas a mim dirigidas, sobretudo, com pleno reconhecimento da minha luta e do meu pioneirismo nessa grande saga do naturismo no Brasil. Fui procurado pela companheira Carolina, que prepara tese de mestrado, para uma pequena entrevista sobre o tema do naturismo, no Brasil e no mundo. Espero que a nossa conversa possa contribuir para um bom esclarecimento e uma sólida referência. Carolina, formada em Direito, é frequentadora da praia do Abricó, no Rio de Janeiro.
Já que estou mencionando palestras e entrevistas, anoto com ênfase dois tópicos que me parecem importantes, Martha Medeiros, Revista O Globo, 18/09/2011, escreve sobre a palavra, essa nossa preciosa ferramenta de comunicação. Neste mês de novembro, quando estou lançando meu novo livro “Sem Pedir Julgamentos”, Editora Livre Expressão, completando a minha “trilogia naturista”, convido os leitores do Jornal Olho Nu para uma boa reflexão. Martha Medeiros observa, citando S. Freud, que os escritores precederam os psicanalistas na descoberta do inconsciente, certamente porque a literatura e a psicanálise têm um profundo elo em comum: a palavra. E Martha acrescenta, sábia, que escrever com clareza supõe talento e dedicação, até porque a clareza exige simplicidade, foco, precisão e generosidade... A palavra também para mim, Paulo, tem sido preciosa ferramenta, desde os velhos tempos dos bancos escolares. O hábito da boa leitura e o exercício da escrita precisam da palavra, chave do conhecimento. Concordo com Martha Medeiros : a palavra exata é um pequeno diamante... Tratemos, então, de lapidá-la, sempre.
O meu segundo tópico a destacar, pensando, sobretudo, em entrevistas e livros, é uma pequena página histórica valiosa, que o Jornal Olho Nu, fevereiro de 2010, publicou. Trata-se de um artigo notável do meu amigo Daniel Nunes de Brito, pioneiro naturista desse nosso Brasil, amigo de Luz Del Fuego, fundador da Fraternidade Naturista Internacional do Brasil, 1960, representante oficial do Brasil, da A.N.B. – Associação Naturista Brasileira, em 1972, na Croácia, em Koversada, Congresso Naturista Internacional da INF, Federação Naturista Internacional. O texto, com palavras exatas, plenas de historicidade, relata uma matéria histórica afirmativa sobre o naturismo brasileiro, em sua primeira fase, Ilha do Sol, Rio de Janeiro, desde 1954. Junto com o texto, vem reproduzida precisamente, talvez para desconforto dos sacripantas e dos fariseus, uma foto histórica de minha autoria, focalizando Luz Del Fuego, 1966, na entrada da Ilha do Sol, Clube Naturista Brasileiro, registrado oficialmente na INF, foto essa publicada por mim na revista alemã Freies Leben, nº 127, 1966, exatamente a referida foto (uma das fotos por mim enviadas) que parecia “perdida” dos arquivos excelentes do CENA, Centro de Estudos Naturistas, criação de Edson Medeiros, 1998.
Para mais um registro incontestável da verdade histórica do naturismo brasileiro, rico e digno em suas várias etapas distintas, desde 1949, reproduzo, a seguir, o artigo de Daniel de Brito:
Luz Del Fuego por Daniel de Brito
Luz Del Fuego(1917-1967)
Recebi um pedido da Secretaria Geral da Federação Internacional de Naturismo para elaborar uma entrevista com Luz Del Fuego e descobrir sobre suas idéias reais.
Após encontrá-la
pessoalmente minha impressão foi muito oposta dos preconceitos
adquiridos através das informações escandalosas da imprensa e
comentários ouvidos em diferentes fontes geralmente mal conduzidas por
destrutivos venenos que sempre se tentou manchar sua honra, que eu
também me fiz corroer por elas. Quando pela primeira vez a encontrei
durante sua entrevista de três horas de duração, eu estava muito feliz
por transformar minha opinião checando como a genuína Luz del Fuego é
uma verdadeira naturista, sempre testemunhando seus maiores pensamentos
sobre seu ideal, e tendo uma maravilhosa capacidade de organização. Com
tal personalidade marcante em sua líder, o naturismo no Brasil tem seu
progresso assegurado em futuro bem próximo.
A única coisa que Luz del Fuego precisa fazer para ter a necessária licença para abrir seu campo na “Ilha do Sol”, na baía de Guanabara, é comprar um barco a motor, que servirá como meio de transporte para seus amigos que ajudarão a construir a sede com todas as conveniências modernas.
O grupo brasileiro começou
uma ação de propaganda para ganhar novos membros e também para encontrar
pessoas prontas para prestar assistência e melhorias de seu campo ou
pelo trabalho ativo ou por contribuição em dinheiro.
Neste novembro de 2011, com a primavera no ar, renovando vida, e esperanças, lanço “Sem Pedir Julgamentos”, conforme a natureza, buscando as palavras simples e exatas, como fez Daniel de Brito a respeito de Luz Del Fuego, da verdade histórica afirmada, datada.
Naturalmente,
Paulo Pereira Rio.
* Escritor, jornalista, biólogo,ex-presidente da Rio-NAT |
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