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Jornal Olho nu - edição N°133 - dezembro de 2011 - Ano XII

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ASSIM COMO DEUS FEZ!

por Aguinaldo da Silva*

No dia 3 de novembro de 2011, a norte-americana Ashley Bradshaw, de 25 anos, resolveu dar um passeio pela cidade de Hickory, no estado da Carolina do Norte (EUA), da forma como veio ao mundo. Era o dia de seu aniversário e após ser flagrada andando nua pelas ruas, foi a polícia chamada. Ao ser questionada pelos agentes se estava bem, a garota respondeu: "Sim. É assim que Deus me fez". Os policiais a levaram a um hospital, onde os médicos a examinaram e disseram que ela estava bem de saúde.

Quando queremos usar uma máquina ou equipamento da melhor maneira possível, recorremos ao manual do fabricante. Bem, no nosso caso, o manual diz que nosso inventor nos fez para vivermos nus. No decorrer da história humana se preferiu contrariar isto e impor as roupas. Sempre que se muda o hábito natural surgem conseqüências, geralmente negativas. Não somente se criou o hábito de usar roupas, como também se proibiu a nudez. Hoje vemos toda sorte de desajustes sexuais, compulsões, taras e outros transtornos parecidos.

Em meados do ano passado, me inscrevi como conselheiro num site de orientação psicológica e espiritual. Das dezenas de pessoas a mim encaminhadas, mais da metade tinham problemas de conduta sexual. O mais comum era vício em pornografia através da internet. Tomei por base as prerrogativas do estilo de vida naturista para orientar tais casos.

O movimento Naturista se incumbiu de dar o alerta quanto a necessidade de voltarmos às origens. Mas, mudar aquilo que já está arraigado na sociedade e mexe com tantos interesses econômicos não é coisa fácil. Resta-nos fazer a experiência nos poucos lugares disponíveis para a prática naturista ou em nossas casas. Uma hora ou duas, se possível, usufruindo da nudez em nosso domicílio ou num lugar seguro para isto, já traz benefícios consideráveis.

O exercício da nudez de forma natural alivia as tensões, acalma o espírito e fortalece o senso moral. Ao falar “de forma natural”, me refiro a ausência de intenções de cunho erótico. É o simples ato de estar, sem qualquer conotação que canalize para algum fim específico. É a nudez natural e nada mais. Coisa difícil para o homem moderno, que já não acredita ser natural ou normal se portar nu. Se esquecem de olhar para nossos irmãos chamados de índios. Estes que não foram contaminados pelos vícios de nossa cultura se portam naturalmente em estado de total nudez. Com certeza, eles estão mais próximos do manual do fabricante, ao menos com relação a este quesito.

É uma pena, quase não termos trabalhos científicos abordando os benefícios físicos e psicológicos da prática naturista. Talvez uma das dificuldades, seja a falta de bons orientadores para a pesquisa acadêmica neste segmento. É preciso realçar as virtudes terapêuticas deste estilo de vida. E, ao meu ver, em face de todas os percalços acima expostos, basta cada um fazer sua experiência, tirar suas conclusões e divulgá-las. O movimento naturista precisa de tais ações que o exponham de forma positiva ou de forma séria.

*aguinaldodasilva@yahoo.com.br

(enviado em 6/12/11)


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