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Jornal Olho nu - edição N°134 - janeiro de 2012 - Ano XII |
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É chato começar o ano novo com problemas velhos. Mas não devemos fingir que eles deixaram de existir somente porque os ignoramos ou, pior, porque os empurramos para "debaixo do tapete". O jornal OLHO NU está há doze anos no ar. Sempre pautou seus critérios para a divulgação do Naturismo os fatos reais, sejam positivos ou negativos, realçando, é claro, os do primeiro grupo. Eu, o editor, já fui (e ainda sou) muito criticado por informar aos leitores do jornal, naturistas adeptos ou curiosos, os fatos que ocorrem esporadicamente, mas que mancham o nome do Naturismo. Já fui ameaçado de ter cassada minha filiação à Federação por ter divulgado, através de reclamação de leitor na seção adequada, diga-se de passagem, o caso de furto ocorrido dentro de uma instituição naturista, o que resultou em processo no qual estou respondendo como réu. Mas para este caso voltarei oportunamente. No entanto o que mais tem me incomodado durante todos esses anos à frente do jornal OLHO NU são as solicitações de retirada de fotos e de nomes de pessoas que participaram ativamente do Naturismo brasileiro em determinadas épocas. Estas pessoas não querem continuar participando do Movimento. Desistir de continuar ativamente do Naturismo ou até mesmo abandonar de vez sua participação em encontros ou nas áreas é um direito que assiste a qualquer um. Afinal as pessoas podem desistir de suas ideias e procurar outros rumos. Porém querer apagar a história pedindo que seu nome seja retirado das páginas que estão no ar é demais. Não me refiro a anônimos, que em dado momento deram entrevistas. Refiro-me, reforço aqui, a pessoas que tinham cargos dentro de associações naturistas registradas, que deram entrevistas ou fizeram relatos justamente porque ocupavam estes cargos. Ou então aqueles que participaram ativamente, ajudando inclusive a construir a história. É decepcionante. O jornal OLHO Nu recebe os mais disparatados pedidos de retirada de nomes, fotos ou de artigos inteiros porque essas pessoas mudaram de emprego, ou de namorado, ou de religião, ou porque simplesmente a foto, quando há, não ficou "boa" em sua opinião. Estas pessoas têm demonstrado que não tem perfil psicológico para exercer cargos no Naturismo nem em qualquer outra atividade. Elas devem ver o Naturismo como coisa suja e hedionda, pois basta uma crítica ou questionamento para decidir tentar apagar seu passado. Ninguém pode saber que ela já teve qualquer ligação com o naturismo. O jornal tem atendido, sob protesto, os pedidos que à redação chegam. Mas acho totalmente injusto. Injusto com a seriedade e empenho com que eu levo esta já tradicional forma de divulgação midiática. Já imaginou se daqui a algum tempo o atual presidente João Olavo desiste de ser naturista e exige ter sua história apagada? Ou o Elias? Ou todos os outros ex-presidentes não só da FBrN mas também das associações afiliadas? Falta consistência. Falta seriedade. O que se percebe é que estas pessoas encaram o Naturismo com uma grande festa onde se bebe muito e se fazem "bobagens", mas depois tudo é esquecido e apagado. É muito decepcionante, repito. É censura. Afinal essas pessoas têm esse direito? E se fosse um jornal impresso? Ainda questiono. Como ficará o ainda embrionário Museu do Naturismo, que terá sua versão virtual em breve. Não se poderão ser citados nomes? O Naturismo deve ser anônimo e confidencial? E o Museu real? Nele também não se poderão constar nomes? Desta forma não há Movimento que resista. Digo que estes últimos pedidos me abalaram e por pouco o jornal OLHO NU não encerrou de vez sua continuidade. Mas os outros naturistas, os de verdade, não merecem. Eu mesmo não mereço. Mas até quando vou resistir à ignorância e à estupidez? Pedro Ribeiro Editor
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