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Jornal Olho nu - edição N°150 - Maio de 2013 - Ano XIII |
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Praia de Tambaba Urgente!
Na
segunda–feira ( 29/04) o Comitê Gestor do Projeto Orla de Conde (CGPOC)
se reúne para apresentação do Projeto Turístico Reserva do Garaú, às
14h00, no Portal de Jacumã - Praia de Jacumã/PB ( o local é um ponto
comercial localizado a direita da PB 008, na terceira quadra após o
Portal de Jacumã no sentido praia).
Carlos Santiago MovimentoNU - movimento.nu@gmail.com
(enviado em 27/04/13 por Carlos Santiago)
De Olho na mídia Instituto Agronômico de Campinas se juntou a UFPB para produzir trabalhos sobre a sustentabilidade
Há 10 anos tenho frequentado a área de Tambaba motivado pela riqueza e exuberância da natureza local, principalmente pela flora extremamente diversa, resultado de um mosaico composto por diferentes formações edáficas e disponibilidade aquífera. Toda essa motivação gerou um intercâmbio entre o Instituto Agronômico de Campinas, SP, onde trabalho há mais de 35 anos, e as Universidades Federal da Paraíba e em Areia. Produzimos alguns trabalhos, dentre os quais o “Potential ornamental plants of Tambaba Environmental Protected Area, Paraiba State, Brazil” apresentado em um Simpósio Internacional em Buenos Aires.
Parabenizo a Folha do Meio Ambiente e especialmente o jornalista Reginaldo Marinho pela abordagem abrangente no artigo “Praia de Tambaba – santuário ambiental prestes a ser estuprado”, artigo de capa - edição 228/março. O texto evidencia a atual situação de fragilidade na qual se encontra a proteção ambiental da região de Tambaba, uma das poucas ilhas verdes do litoral norte da região nordeste brasileira, fruto de um estágio de regeneração de cerca de 30 anos. Um leigo poderia se equivocar pelo baixo porte das árvores e arbustos nativos imaginando tratar-se de uma vegetação jovem, mas que na verdade representa o perfil típico da cobertura vegetal do tabuleiro.
Lamentavelmente a ânsia por investimentos lucrativos em curto prazo ignoram o real valor da preservação e exploração racional dos recursos naturais de maneira sustentável e que valorizam a característica regional – fauna, flora, vida marinha, mananciais fluviais, manguezais, geografia das falésias, cultura popular, agricultura familiar, artesanato e a expressão do naturismo de renome mundial – elementos que compõem um complexo de grande valor para o futuro da exploração do (eco)turismo internacional que cada vez mais procura descobrir e valorizar as expressões naturais e culturais diferenciadas.
Um projeto de porte megalomânico certamente de instalação economicamente inviável, devido ao vultoso investimento da ordem de bilhões, pretende eliminar o resquício de Mata Atlântica (inquestionavelmente protegida pela legislação federal) ainda existente na APA de Tambaba. Ignora-se quem seriam os reais investidores (se é que existem) e se estes estariam cientes de que a exploração turística de Tambaba poderia ser feita de maneira ecologicamente sustentável.
Uma vez eliminada a mata nativa que garantia existe de que o projeto (talvez) especulativo será efetivamente implantado? Certamente o local estará, então, aberto para qualquer outro tipo de ocupação desordenada e a implantação de um modelo repetitivo já presente em diversos locais não só do Brasil como também em outros países (“resorts”, campos de golfe, condomínios de alto padrão, privatização de praias, loteamentos, e, quem sabe, até indústrias de mineração e etc). Se não for utopia, é a destruição certa do que ainda resta da Natureza de Tambaba. Seria este tipo de desenvolvimento-padrão que o governo estadual vislumbra para o emergente turismo da Paraíba ou seria preferível um programa de desenvolvimento turístico diferenciado de modo a valorizar a cultura, sua população, a natureza e o turismo?
(*) Antônio Fernando
Caetano Tombolato - Diretor do Jardim Botânico - Instituto Agronômico –
IAC - Campinas SP - tombolat@iac.sp.gov.br Fonte: http://www.espacoecologiconoar.com.br/index.php?option=com_content&task=view&id=24689&Itemid=1 Boca no Trombone
Tambaba: estupro anunciado
“Os paraibanos têm
história na preservação de seu litoral. João Pessoa é a única capital
brasileira que não deixou a especulação imobiliária tomar conta da orla
urbana litorânea. Não existem prédios altos nos quarteirões próximos ao
mar. Um privilégio! Como os paraibanos agora estão deixando destruir a
APA de Tambaba? Não consigo entender. Sou frequentador de Tambaba e
torço para que esta praia não seja estuprada. Parabéns à Folha do Meio
Ambiente pela coragem em denunciar este estupro anunciado”. Meg C. Oliveira – Recife - PE
Crime em Tambaba
“Repercutiu intensamente
aqui na Paraíba a reportagem que a Folha do Meio Ambiente publicou sobre
a intensamente bela praia de Tambaba e, ao mesmo tempo, as ameaças à
desenfreada especulação imobiliária na área. O crime ambiental implica
em danos irreparáveis àquela maravilha da natureza. Informo que estamos
nos habilitando para acionar o Ministério Público Federal visando a
anulação do ato irresponsável da Prefeitura do Conde que, para aprovar
os projetos imobiliários, ditos turísticos, na área de Tambaba, decretou
todo aquele entorno como área urbana, num ato claramente absurdo.
Heitor Cabral - professor da UFPB aposentado/economista/advogado – João Pessoa-PB
Exploração em Tambaba
“Extremamente oportuna e mais do que pertinente, a ampla matéria externada pelo articulado jornalista Reginaldo Marinho na Folha do Meio Ambiente. Ela traduz a real crueldade e agressão sem tamanho com a APA de Tambaba, uma das reservas remanescentes da mata atlântica no litoral paraibano, demonstra desprezo com projetos que possam conviver em harmonia com a preservação do meio ambiente e com o desenvolvimento sustentável, além da prática do “turismo verde”. Uma verdadeira vergonha a gestão ambiental e descabida operação para tirar do mapa, uma das áreas que vem sofrendo com golpes sucessivos de desmatamento e crimes ambientais do mais diversos, visando exploração e especulação imobiliária. A conservação da área precisa e deve ser bem estudada e discutida amplamente para não causar mais danos irrecuperáveis às futuras gerações humanas e ao ecossistema”.
Ferdinando Lucena -
ferdinandolucena@hotmail.com (enviado em 6/05/13 por Paulo Campos) |
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