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Jornal Olho nu - edição N°191 - Outubro de 2016 - Ano XVII |
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Vem aí o novo Grupo Jovens Naturistas
Manuela é uma adolescente exuberante, decidida, visionária e linda nos seus 14 anos. Estudante da 8ª série do ensino fundamental, pretende ser delegada da polícia civil. Então Direito é o curso que ela quer fazer na universidade. Filha de naturista, paraense, porém mora na Bahia junto com a mãe e o marido da mãe, aliás um casal já conhecido no meio naturista por terem sido os protagonistas do primeiro casamento naturista do estado do Pará há exatamente dois anos, que teve repercussão até na mídia não naturista, Gustavo Negreiros e Cilene Neves.
Filho de peixe, peixinho é. Ela sonha em formar um grupo de naturistas jovens com membros de todo o Brasil. Concedeu esta entrevista ao jornal OLHO NU durante o V Encontro Norte-Nordeste de Naturismo, no Ecoparque da Mata, na Bahia, lugar que se tornou seu segundo lar. Ela vai continuar um sonho iniciado há anos atrás na formação de outro Grupo Jovens Naturistas, que foi muito ativo, mas de duração efêmera.
Olho NU: Por que você quer fazer um grupo de Jovens Naturistas? Manuela: A minha intenção é trazer os jovens para o Naturismo, porque nós que já frequentamos áreas naturistas sentimos falta dos jovens. Eu sou naturista há apenas sete meses, mas há crianças e adolescentes em alguns locais que são naturistas desde o nascimento, porque os pais são naturistas e eles continuaram. no entanto a presença jovem é uma minoria muito pequena. Acho que o Naturismo é um estilo de vida muito bom, o contato com a natureza é muito bom. Tem sua ética, tem suas regras e isso eu acho que é muito bom para os jovens. Além disso precisa haver uma nova geração para dar continuidade a esse estilo de vida.
A idade mínima para participar do grupo é de 7 anos. A gente quer centralizar nessas pessoas e mostrar para elas o verdadeiro sentido do Naturismo. Estou sentindo uma vibração muito boa. A gente vai participar do SPNAT. Já temos vinte jovens no grupo. É um bom começo, para o grupo que começou há três meses.
Olho NU: Como é que vocês se reúnem? Manuela: Alguns não são daqui da Bahia. Foram criados vários grupos no facebook, no whatsapp, meios pelos quais a gente mantém o contato. A gente vai marcar um encontro ainda este ano, com todos esses jovens, para verem realmente o sentido, para ver se eles querem mesmo fazer parte. Todos eles já têm uma noção do que é o naturismo, de que não é só ficar nu em uma praia e... pronto, já sou um naturista.
Olho Nu: Então a primeira etapa já está em desenvolvimento através das redes sociais. E a segunda etapa? esse encontro seria onde? Manuela: Aqui no Ecoparque (da Mata). Porque aqui abriu-se um espaço muito grande para a gente. Os representantes da praia de Massarandupió também estão nos apoiando, abrindo espaço pra gente. É um bom começo, pois quanto mais apoio melhor. Pois seria muito ruim, você estar querendo fazer uma coisa e nã ter ninguém lá te dando esperança. Eu acho que vai dar tudo certo. Está tudo Ok quanto a esse espaço de que precisamos.
Olho Nu: vocês tem alguma previsão de algo para alcançar no futuro? Manuela: A gente já tem uma meta para 2017 de termos um grupo formado por mais de cem pessoas, até dezembro. É um grupo que vai passar pelas transformações do corpo, nascendo pelos ali e aqui, agente vai se descobrindo e se entendendo, dentro da filosofia do naturismo, que é maravilhosa. todo jovem tem receio dessas transformações de seu corpo, mas no naturismo não tem nada disso. É pelo respeito à natureza, por ser complemento da natureza.
Olho Nu: Você é naturista há sete meses. Por que somente há sete meses? Manuela: Porque eu morava com meu pai e a gente não tinha esse conhecimento do naturismo. A minha mãe se reencontrou com o Gustavo (o marido de sua mãe) depois de quase vinte anos e eles casaram. Ele já era naturista. Eu só vim a conhecer o Naturismo realmente quando eles casaram. Eu vim aqui pro Ecoparque. A gente participou de algumas vivências, fui na praia de Massarandupió com tia cris e tio Marcos, que deram muito apoio no início e estão dando ainda. Tia Marisa sempre me chamava para vir passar finais de semana aqui. Sou do Pará, mas moro em Senhor do Bonfim, hoje em dia, aqui na Bahia. Comecei a vir e a gostar do contato com a natureza, porque aqui é muito bom, muito sensível. Comecei a participar, gostei.
A ideia de formar o grupo veio porque quando eu vou pra praia eu sinto falta do jovem. Só eu de jovem. E é por isso que muitos jovem não participa: porque não tem jovens. A gente pensa "só o meu corpo está aqui, assim... Aí agente vai fazer o máximo possível que a gente puder.
(enviado em 24/10/16 por Pedro Ribeiro) |
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