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Jornal Olho nu - edição N°209 - Abril de 2018 - Ano XVIII

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Abricó, bombando

 

Fui no sábado do feriado de Páscoa, a Praia do Abricó.

 

Cheguei lá por voltas das 14 horas (pois pela manhã é quase impossível achar uma vaga), fui embora às 17 horas e fiquei surpreso e feliz ao mesmo tempo. Surpreso, pelo número de pessoas e feliz, por ter várias mulheres, totalmente à vontade e sem se preocupar em se esconder. Fiz uma crítica aqui nesta coluna, que faltava naturista de verdade no Brasil, mas o que vi, fez eu calar a minha boca, felizmente para todos nós.

 

O Clima era sensacional, muito democrático, o papo rolava solto, não presenciei nenhum tipo de confusão, ninguém olhava para ninguém, todo mundo bem à vontade.

 

Quanto às mulheres, estavam bem descontraídas, com semblantes de felicidade, sem se preocuparem em se enrolarem nas cangas, meus parabéns para elas e também para os homens, pois eles criaram esse clima favorável para elas, não tem essa de ficar perturbando-as, cada um na sua e nem olhando fixamente, o que mais perturba uma mulher naturista, é o olhar insistente. Tinham várias mulheres jovens.

 

Isso tudo foi um trabalho árduo conquistado pela Associação na figura do Pedro Ribeiro, foram vários anos de muita luta para conquistar o espaço e depois, mais luta para conscientizar o pessoal a conviver com o nu de maneira natural, sem conotação sexual. Essa parte, foi a mais difícil do que conquistar o espaço. O pessoal entendeu e ficou muito bom o clima. O nu, é um mero detalhe, o que vale é o clima de amizade que o pessoal fez. Não conheci ninguém, os mais antigos não foram nesse dia, não cheguei a falar com ninguém (fiquei sozinho), mas mesmo assim, fiquei feliz pelo espaço conquistado e de ver todos felizes, essa é a maior conquista e se o pessoal está feliz, também fico.

 

Agora falta a mulheres, que frequentam os sítios, seguir esse exemplo.

 

Abraços naturistas.
 

Eduardo Thadeu

Rio de Janeiro - RJ

(enviado em 1/04/18)


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