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Jornal Olho nu - edição N°233 - Abril de 2020 - Ano XX

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Médicos alemães posam nus em protesto pela falta de EPI*
Grupo diz que a nudez é "um símbolo de como estamos vulneráveis ​​sem proteção"

 

Um grupo de médicos alemães posou nu na tentativa de chamar a atenção para a escassez de roupas e equipamentos de proteção.

 

Chamando seu protesto, Blanke Bedenken (ou preocupações em branco) ou Naked Qualms, os membros do grupo disseram que se sentiam em risco de coronavírus e alegaram que seus pedidos de ajuda ao longo de vários meses não foram atendidos.

 

Ruben Bernau, clínico geral do grupo, disse ao Ärztezeitung que ele e sua equipe estavam insuficientemente equipados para lidar com o vírus. "A nudez é um símbolo de como somos vulneráveis ​​sem proteção", disse ele.

 

Os médicos posaram em suas práticas, escondendo-se atrás de arquivos, rolos de papel higiênico, equipamentos médicos e prescrição médica.

 

Christian Rechtenwald, que também é clínico geral, disse que o grupo foi inspirado pelas ações de um médico francês, Alain Colombié, que foi fotografado nu em sua clínica depois de descrever a si mesmo e a seus colegas médicos como "bucha de canhão" na luta contra a doença pandêmica.

 

Jana Husemann, outro clínico geral, disse: "É claro que queremos continuar tratando pacientes que ainda precisam receber um exame minucioso". Para isso, ela exigiu EPI adequado, disse ela.

 

Uma médica disse que ela foi "treinada para costurar feridas" e perguntou: "Por que agora estou tendo que costurar minha própria máscara facial?"

 

Os médicos alemães pediram repetidamente mais EPIs desde a chegada do vírus na Alemanha no final de janeiro.

 

As empresas alemãs que fabricam roupas de proteção aumentaram suas capacidades de produção, mas não conseguiram atender à demanda. Práticas médicas, clínicas e casas de repouso fizeram pedidos frequentes de máscaras de filtro, óculos, luvas e aventais e afirmam que suas necessidades mal foram atendidas.

 

A equipe médica também relatou roubo generalizado de desinfetantes e máscaras de hospitais, pelos quais a polícia culpou gangues criminosas organizadas. Muitos hospitais aumentaram sua segurança como consequência.

 

Um estudo recente de uma associação de seguradoras de saúde alemã descobriu que os médicos careciam de mais de 100m máscaras descartáveis, quase 50m máscaras de filtro, mais de 60m aventais descartáveis ​​e um número semelhante de luvas descartáveis.

 

A demanda por EPI diferiu fortemente de região para região, com a Renânia do Norte-Vestfália e a Baviera entre as mais necessitadas.

 

Marc-Pierre Möll, executivo-chefe da Associação Alemã de Tecnologia Médica, pediu ao governo que apoie um aumento estruturado da produção doméstica.

 

"Se tal organização fosse politicamente desejada e houvesse quantidades garantidas por preços justos, não haveria dificuldades", disse Möll à mídia alemã.
 

*EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL

 

Fonte: theguardian.com

 

(enviado em 27/04/20 por Richard Pedicini)


Pedalada Pelada edição 2020

por Pedro Ribeiro

Colaborou Dhiego PB

Imagens das redes sociais

A edição da World Naked Bike Ride, ou simplesmente Pedalada Pelada, edição 2020 no Hemisfério Sul do planeta, marcada para 14 de março, foi prejudicada pela disseminação mundial do vírus Conavid 19, pois na maioria das cidades onde haviam sido programadas as manifestações, as autoridades locais proibiram aglomerações. Embora no Brasil, naquela data não houvesse ainda o decreto da proibição, mas uma recomendação, a organização dos eventos das cidades do Rio de Janeiro e de São Paulo, decidiram oficialmente cancelar os manifestos.

No entanto, a manifestação programada para a cidade de São Paulo, mesmo antes da suspensão, já havia uma certa complicação para a realização, pois foi marcada para a mesma hora e local da concentração uma outra manifestação, agora de cunho político e partidário, o que causou descontentamento de alguns possíveis participantes. Visto isso a organização já havia transferido o horário para as 20 horas, em vez da programada 18.

Quando veio o anúncio oficial da suspensão da Pedalada, alguns ciclistas já haviam se dirigido para o ponto de encontro e a Pedalada Pelada e a manifestação política aconteceram simultaneamente e entrosada. Para ambas manifestações no entanto a recomendação de não aglomeração esvaziou os dois movimentos.

Muitas fotos do local de concentração foram divulgadas nas redes sociais  com as duas reivindicações ocorrendo com as mesmas pessoas e o ciclistas estavam nus.

Depois de muitas selfies o grupo decidiu pedalar pela avenida Paulista, descendo a Consolação e parando na Roosevelt, um percurso infinitamente menor do que o habitual e longe de durar as quatro horas de outras edições.

Havia apenas cerca de 20 ciclistas nus, destes apenas uma mulher. Desta forma São Paulo acabou realizando a manifestação que tem objetivo de chamar atenção para a situação de fragilidade e quase invisibilidade do ciclista no país, tanto por parte dos motoristas como pelo poder público. Não é um evento naturista, mas muitos de nós comparecem e engrossam a multidão. Várias razões levam as pessoas a participarem da Pedalada Pelada, seja aqui ou lá fora: reivindicar melhores condições para o uso das bicicletas nas cidades, denunciar o descaso e a omissão do poder público, promover a visibilidade dos ciclistas, celebrar o corpo e a bicicleta, estimular reflexões sobre a cultura do automóvel, alertar sobre os perigos do aquecimento global e outras mais.

A WNBR no Hemisfério Norte é previsto para junho, mas ainda não se há certeza de que ocorrerá neste ano.

Veja fotos de edições anteriores em http://vadebike.org/

(enviado em 22/03/20 por Pedro Ribeiro)


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