Campanha Bosques da Memória planta 200 mil árvores e honra 200 mil vítimas da COVID-19

No dia 28 de janeiro, o Posto Avançado da RBMA Ecoparque da Mata se transformou no Bosque da Memória Ecoparque da Mata, o primeiro da Bahia, plantado em honra das vítimas do covid, com apoio e documentação da ONU/UNESCO.

A ação contou com a presença de representantes de comunidades quilombolas e indígenas, Ambientalistas, visitantes estrangeiros, Prefeito, presidente da câmara municipal de Entre Rios, no Litoral norte e autoridades do RBMA e UNESCO.

A meta no Brasil em áreas de Mata Atlântica será o plantio de 202 mil mudas (1 para cada vítima do vírus no Brasil até a data).

Uma incrível celebração antes e durante o plantio que forma um pequeno corredor florestal na restinga maravilhosa da Bahia.

4 cores de terra representando as 4 raças humanas: Amarelo (povo do continente asiático); Preto (povo do continente africano); Branco (povo do continente europeu) Vermelho (povo de nossa Ameríndia); Honra a todos povos da terra.

Acompanhe mais informações fotos em https://www.bosquesdamemoria.com/

https://brasil.un.org/

(enviado em 30/01/21 por Valdo Andrade via Whatsapp)


Vacinas e Naturismo

por Ubiratan Fazendeiro

Acredito que manifestações feitas por alguns naturistas contra qualquer vacina, não representam a vontade da maioria dos naturistas, quase todos os naturistas estão, na verdade, ansiosos pela vacina.

Com a facilidade de meios de comunicação à disposição nos dias de hoje, vários grupos passaram a ter poder de fala, (inclusive nós, naturistas) isto permite a estes grupos terem um reverberação de suas vozes, este eco dentro da própria bolha, leva a crer que são muitos.

Algumas pessoas de boa fé, mas geralmente manipuladas por algum grupo político, acreditam em vozes carregadas de rancor, por uma causa ou contra algum adversário político, repassam as postagens ardilosas (a outros grupos), correndo o risco de passar vergonha, pois as postagem são facilmente desmascaradas por uma simples pesquisa em sites que se especializaram em denunciar as Fake News.

Estes grupos embarcam no falacioso discurso de dizer que tudo que vem da China faz mal. Mal sabem que somente 5% dos insumos utilizados pela indústria farmacêutica para a produção de remédios são produzidos no Brasil, os outros 95% são importados, 35% vêm da China, de acordo com relatório do próprio governo. Sem estes insumos o Brasil não poderia ter quebrado patentes de medicamentos caros e fornecer ao brasileiro os medicamentos populares conhecidos como genéricos, similares. Já usou algum?

O Programa Nacional de Imunizações (PNI) brasileiro é referência mundial, pela sua grande cobertura e por ter eliminado em apenas 30 anos doenças como: POLIOMIELITE, SARAMPO, TÉTANO NEONATAL, DIFTERIA, TÉTANO ACIDENTAL, COQUELUCHE, MENINGITE TUBERCULOSA e outras. Isto só foi possível devido a ampla adesão dos brasileiros às vacinas.

A China também é o maior parceiro comercial do Brasil, respondendo por 27 bilhões da balança comercial (para comparação o 2° parceiro é os EUA com 13 bilhões) sendo que 70% dos produtos agropecuários brasileiros são exportados para a China.

Parece-me ser um tiro no pé ter ojeriza a um cliente de tamanho porte. Aqueles que assim agem deveriam começar destruindo seus smartphones, afinal todos tem suas principais peças feitas na China e o uso destes aparelhos estão afetando seus cérebros.

Lamento termos à frente do governo alguém que não entende que a função Estado Moderno é fornecer direitos e deveres a todos os seus cidadãos para amenizar e/ou acabar com os conflitos existentes, entre estes conflitos a necessidade igualar o acesso ao direito à saúde.

Aqueles que têm condição, podem se apegar a seus convênios em caso eventual enfermidade, mas a maioria imensa da população depende do SUS e de suas vacinas, destruir a credibilidade dessas instituições é no mínimo insanidade.

Para naturistas adeptos do veganismo, de medicinas alternativas, que evitam tratamento invasivo, de cirurgias, drogas alopáticas ou são alérgicos, pode até fazer sentido a recusa de qualquer vacina, mesmo que o método possa ser considerado homeopático.

Mas não faz sentido para a maioria dos naturistas que praticam um naturismo, adaptado à terras de brasilis, mais focado na nudez, que aceitam o uso de carne e de bebidas alcoólicas, com adesão apenas recreativa a ginástica, fazem uso do meio natural sem uma efetiva defesa deste, agitar agora a bandeira contra a vacinação do COVID ou contra qualquer outra vacina. Lembro que boa parte dos naturistas que conheço está na faixa de risco, será beneficiado prioritariamente e todos usam alopatia e vários usam psicotrópicos.

A FBrN – Federação Brasileira de Naturismo, não impõe aos naturistas nenhuma proibição relacionada à vacinação ou ao controle da saúde, mas tem normas sociais como meio de garantir um padrão ético de comportamento, entre eles está o conceito de não fazer mal a outros e acredito que divulgar fake news com o objetivo de causar pânico é uma tentativa de prejudicar.

Luiz Carlos da Comissão de ética da FBrN escreveu: "Não vejo o naturismo dissociado da política. Temos que aprender a lidar com o contraditório, com as opiniões que divergem da nossa. Discutir ideias, sem agressões, com respeito às pessoas. Se conseguimos ter esta posição em relação aos corpos (todos são respeitados), por que não com as ideias. Só não podemos ser tolerantes com ideias que propagam o preconceito, discriminação, racismo, ódio e violência. Tais ideias devem ser banidas. O diálogo é o caminho para a construção de uma sociedade democrática e plural.”

Respeitamos cada um pelas suas escolhas e opiniões, “RESPEITO” é palavra chave no naturismo, mas não podemos aceitar o crime das fake news, não devemos aderir a discursos que não tem base lógica, não podemos ser espelho de movimentos messiânicos que tentam converter todos a um modo de pensar, não há razão para querer interferir na imunização de outros e aderir movimentos negacionistas.

Acreditem na ciência e na tecnologia, sem elas não existiriam coisas que hoje parecem básicas como a internet e os smartphones que permitiram o nosso encontro e a expansão do naturismo. Não use estas ferramentas para causar pânico e um grande problema de saúde pública.

(enviado em 22/12/20 por Ubiratan Fazendeiro via Whatsapp)


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Jornal OLHO NU - edição 243 - fevereiro de 2021


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