“Desabotoe o seu cérebro tantas
vezes quanto sua braguilha”
(frase escrita em muro de Paris, 1968)
NATURISMO...
por Suana Medeiros
Terra nos meus pés,
Meus cabelos no vento,
Minha pele no mar...
Sou tão natureza,
Quanto ela sou eu
Sou liberdade,
Que desenha meus contornos...
Braços,
Peito,
Olho,
E realizo o equilíbrio que o mundo desfaz
Reinvento a vida,
E desinvento o caos...
Sou de novo origem
Sou ar,
Água,
Terra
E fogo...
Prazeres,
Dores,
Paz
E sabores...
Me transformo no que deveria lembrar que sou
Me habituo ao que esqueci
Revivo as evoluções,
Transformações,
Corrupções,
Desequilíbrio...
Desengano,
Desespero,
Desejos...
Ausência,
A procura,
Do que estava,
E não se encontra mais,
Em lugar comum...
A essência se esvazia da forma
E as cores se desgastam em valores
O abstrato agora é tão concreto quanto números
Fantasias que se tornam pesadelos,
Noites sem escuro...
Paralelo a tudo isto,
Encontro outro mundo
Aquele que deveria ser este...
O que não é utopia,
E sim remanescente,
Reminiscência,
Do que se foi e não é...
Então esqueço as paredes,
A moeda,
A cor cinza,
Os hábitos mecânicos,
E me lembro o que sou...
Quem sou,
E querem que eu esqueça...
(18/08/08)
(enviado em 26/08/09 por
Jorge Bandeira)
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