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Jornal Olho nu - edição N°119 - outubro de 2010 - Ano XI |
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O lado prazeroso do Congresso Por Pedro Ribeiro*
Nem tudo foi trabalho nos cinco dias do XXXII Congresso Internacional de Naturismo (aí incluídos a quarta-feira, dia da chegada e o domingo, dia da partida). Houve espaço para os jogos, a praia, o bar, o bate-papo, as danças noturnas e os jantares, muito embora somente os convidados puderam desfrutar disso tudo, pois os delegados estavam com os dias ocupados quase todo o tempo.
A praia de mar calmo, no entanto, não foi o maior atrativo por conta daqueles azares que às vezes os turistas têm, justamente quando necessitam do sol quente ele falha nos dias inconvenientes. A quinta-feira, 9, amanheceu com chuva e assim ficou durante todo o dia, tornando a temperatura fria, obrigando a todos se vestirem com casacos. A sexta, 10, ficou nublada com momentos de abertura de sol, o que levou muitos à beira-mar. No sábado, ficou nublado com menos sol e voltou a chover à tarde, mas a temperatura aumentou. O domingo é que foi ensolarado, justamente quando a maioria estava de malas prontas para voltarem para seus países de origem.
Apesar disso os momentos na praia foram muito agradáveis, com um pessoal simpático e receptivo, convidando para bate-papos e participação em jogos, principalmente a bocha. Os mais atléticos podiam praticar windsurf, bastando para isso emprestar o equipamento (prancha e vela) ali mesmo na areia e deslizar ao sabor do vento.
Quem gosta de se enlamear também estava com tudo. A lama dos costões que cercam a praia, de origem vulcânica, fizeram a cabeça e cobriram os corpos de muitos fãs dessa atividade.
A praia de areia estreita, no entanto bem comprida, era um convite para passear e descobrir formas de pedras e algumas nascentes de água doce, cuja temperatura era bem mais fria que a temperatura da água do mar.
Lá no camping a pedida era gastar algum tempo no bar, batendo papo com outros visitantes, tentando descobrir uma língua em comum para o diálogo, ou navegar na Internet com seu laptop usufruindo da área de acesso à Internet sem fio. Pena que aqui não se podia ficar sem roupas. Alguns poucos no entanto se arriscaram na ousadia, tendo como resultado uns, repreensão, e outros, sucesso.
Toda noite, em frente ao bar, um disc-jóquei (palavra antiga...) animava o povo tocando músicas dançantes de todos os estilos, desde o rock dos anos 50, até samba, bolero e tango. A turma se esbaldava dançado junto, separado, pulando e fazendo trenzinho. Somente em uma ocasião a chuva noturna atrapalhou a moçada, que não era tão moça assim. Aliás a juventude faltou a este evento. Até mesmo crianças eram raras.
Na área de jogos poucos se animavam, mas o preferido era mesmo o jogo de bocha, versão salão.
As visitas promovidas pelo Congresso e incluídas já no preço cobrado pelo evento foram muito boas. Tanto na sexta, como no sábado. Na sexta-feira um ônibus confortável levou a galera para visitar o castelo de Santa Severina (nunca imaginei que este nome fosse de origem italiana), localizado na cidade de mesmo nome a cerca de uma hora e meia de Pizzo Greco. A construção autêntica medieval é uma das principais atrações da Calábria. O passeio saiu pontualmente às 14 horas e retornou ás 18 h 30.
No dia seguinte foi a vez de conhecer uma fortificação medieval chamada de Castello Aragonese. Desta vez a partida foi às 15 horas com um ônibus e uma perua, tipo vã. Esta era mais perto do Pizzo Greco. Após a visita um passeio pela comunidade de Isola de Capo Rizzuto para saborear iguarias locais e pequenas compras como lembrança. O retorno se deu por volta da 18h 30.
A última atração prevista foi o Jantar de Gala, realizado na noite de sábado ali mesmo no restaurante do Pizzo Greco. As mesas do salão foram finamente decoradas com arranjos florais e ornamentais, cobertas com toalhas estampadas. O cardápio foi baseado em frutos do mar em uma verdadeira orgia alimentar, com vinhos de várias qualidades servidos à vontade. Foram homenageados entre outros o presidente do Pizzo Greco, Sergio Rosso e o presidente da FenaIT, Gianfranco Ribolzi, além de Georg Volak e Ivo Sieglinde, vice-presidente e presidente da INF, respectivamente.
Foram horas de degustação entremeadas com danças folclóricas italianas apresentadas por um grupo de dançarinos, que levou muitos delegados a dançar juntos. Muita alegria e descontração. Da mesa dos brasileiros fez parte Rui Martins, presidente da Federação Portuguesa de Naturismo.
A festa foi encerrada com uma grande queima de fogos de artifícios que iluminou o céu momentaneamente estrelado.
*pedroribeiro@jornalolhonu.com
Leia também: O resumo do XXXII Congresso Internacional de Naturismo O árduo trabalho dos congressistas |
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