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Jornal Olho nu - edição N°227 - Outubro de 2019 - Ano XX |
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O sábado de competições O 12º Open Tambaba de Surf Naturista continuou domingo com a primeira competição às 09h, em busca de ondas melhores. Começou sábado sob tempo nada promissor, com chuva fina e ventos fortes que derrubaram um dos banners da tenda dos juízes, e uma praia quase deserta de banhistas, ainda que com três competidores já experimentando as ondas, que eram quebradas, mas ainda assim mais fortes do que nos dias anteriores. Mas logo antes das 11h o tempo já começou abrir, e quando participantes da ENNN começaram chegar na praia quarenta minutos depois, eles já encontraram um céu parcialmente azul, com sol aumentando e vento diminuindo. Um dos competidores locais foi Williams, do Assentamento Tambaba, concorrendo pela segunda vez. Ele já tinha chegado ao pódio na primeira tentativa, ganhando segundo lugar na categoria iniciante. Este ano vai concorrer na categoria local, usando uma prancha Rollys. Williams, que “vou fazer 20 anos agora no dia 12 de setembro,” trabalha na Arca do Bilu, realizando passeios turísticos de quatro rodas, inclusive pelos mirantes acima da falésias, e nas praias para norte da Tambaba. Poucos turistas ousam entrar na área naturista, ele disse. Enquanto surfa desde seus oito anos, somente no ano passado ele passou a surfar em Tambaba e participar do campeonato. “Eu tinha vergonha”, Williams conta, “Mas Gê e Bilu me incentivaram. Não tenho vergonha mais.” Talvez a irmã venha assistir o campeonato, Williams disse. Mateus Ferreira foi um outro desafiador das ondas na chuva, fazendo mais que uma girada de 360 graus, numa prancha com laterais vermelhas. Com a melhora do tempo começou chegar gente para pegar praia. Um grupo de seis pessoas de Recife incluiu Taciano, que disse, “A galera sempre vem, mas para mim é a primeira vez [no campeonato]. Estou amando a praia.” De praias naturista ele conhece, “Só esta por enquanto … Não estou muito ligado à cena [de naturismo] estou começando agora, mas estou adorando ficar livre.” Gostaria de conhecer a praia de Abricó, e eventualmente, as praias naturistas da França. O início das baterias, programados para meio-dia e antecipado para 10h em função da maré, foi transferido de novo para meio-dia devido à chuva e vento. O responsável técnico, Geilson, que responde por “Gê”, ficou acertando os cronogramas e, em cima de um torre de cadeiras plásticas, amarrando a banner solto com arame. As 12h30 chegaram os juízes: Wagner Oliveira, diretor da Federação Paraibana de Surf; Nilson Marinho, diretor técnico da federação, e Ocar, diretor técnico da federação se surf do Rio Grande do Norte. Quase junto chegou uma equipe de filmagem da Televisão Cabo Branco, afiliada local da Globo. A primeira rodada aconteceu com três surfistas. Reginaldo Filho (Gui), de camisa vermelha, que pegou a primeira onda, curta e para a direita, seguido por Anderson, de camisa preta, que pegou as próximas duas ondas, também curtas, para a esquerda e depois para a direita, seguido para Gui, que consegui uma manobra no pico de uma onda curta para a direita. O mais jovem dos surfistas na categoria local deste ano é Anderson, de 15 anos, que está concorrendo pelo segundo ano seguido. Depois da sua rodada opina que “acho que me dei bem”. Tem quatro anos de surf, sempre em Tambaba. Ele disse que foi “meio ao meio” concorrer pela primeira vez, mas “Foi os colegas chamando, e meu pai me incentivando. Meu pai é senhor de idade, mas surfista.” O pai, porém, nunca participou do Open, “Ele tem vergonha. Ele me mandou representar por ele.” A família – pai e mãe, Anderson é filho único – não vieram assistir porque estão ocupados hoje. Depois da primeira rodada, Wellington (apelido “Rato”) afirmou que seu desempenho foi “show de bola”. Williams opinou, “O de camisa vermelha [Rato] pegou mais. Mas vamos ver o que os juízes dizem.” Ambos avançaram para as semifinais, duas rodadas de três surfistas cada. A final aconteceu no domingo, e a categoria iniciante, planejado para sábado, foi transferido para domingo, na esperança de mais inscritos. Trabalhando no evento, responsável pelo som, era Lucas, acompanhado pela namorada Sanielley, conhecendo Tambaba pela primeira vez. Ocupada com as tarefas – dificultadas pela perda de um das caixas de som quando a água da chuva entrou no equipamento pela manhâ – ela disse que, “Não prestou muito atenção, mas tá legal." Apesar das rodadas seguidas de surfistas nus, ela defende que “Não fiz comparações com meu namorado.” Lucas foi além, dizendo que “Não vi ninguém que se compare à minha namorada”, apesar das beldades nuas que passavam em frente da barraca dos juízes. Lucas vai voltar amanhã para o trabalho. Ela está disposta a voltar um dia para pegar praia mesmo, mas informa que, “ele ainda não a convenceu.” Saíram vitoriosos das semifinais Williams Silva, Wellington Ferreira, Reginaldo Filho e Anderson. A última rodada de semifinal terminou junto com uma chuva repentina. Anunciando o resultado, o juiz Nilson Marinho divulgou um pouco do drama da disputa, “Anderson pontuou na última onda que fez o placar virar a seu favor.” Subindo a estrada que liga Tambaba ao mundo real, uma dupla arco-íris, semi-completo, comemorou as semifinais. Domingo a primeira chamada foi às 09 h, mais cedo para aproveitar a maré. Vai acontecer as eliminatórios da categoria iniciante e do categoria open, e as finais das três categorias. (enviado em 7/09/19 por Richard Pedicini) Leia mais em |
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