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A data comemorativa do ano novo serve
para unir as pessoas, conhecidas ou não, num grande aglomerado de paz,
amor e, principalmente,
esperança.
E é exatamente por isso que não faltam crenças pra que os mais
variados desejos se realizem no novo ano que surge, onde em opinião
particular, concentraram-se na conscientização, reflexão pessoal e
mantimento de uma identidade, que, embora não muito bem definida, não
poderá perder seu rumo ao longo de 2003.
Dentro de um universo tão confuso e sem muitas perspectivas,
acreditar é sempre um sentimento presente nos corações solitários que
vagam nus em sua essência, podendo se perder pelo caminho,
precipitando-se em atitudes não muito favoráveis a si mesmos.
Ficar parado nunca foi a política de quem quer conseguir o que
deseja, mas as vezes pode ser difícil remar contra uma violenta maré, e
se começa a pensar que talvez se deva esperar a maré formar sua própria
barreira contra ela mesma, tornando inevitável a sua destruição. Eis
que finalmente, as águas se separaram, e onde havia um único curso,
passam a dominar dois, que mais tarde gerarão tantos outros, e tão rico
ficará o local, com várias opções de trajeto, que atendem a todos.
Para tal, no lugar da velha farda de guerra, o manto branco e
revolucionário da paz. A paz inquieta e contagiante, que une seus filhos
e aproxima os pretendentes. O exército muda de cor: da camuflagem que o
tornava invisível a olhos desatentos, surgem almas tão brancas quanto à
luz do sol, também forte geradora da vida. Emana o sentimento da inevitável
vitória. Ânimos renovados começam a descansar, enquanto os novos surgem
com as idéias, orientados pelos primeiros.
Neste épico, digno de uma filmagem hollywoodiana, não faltarão
mortos e feridos. Muitos feridos serão dados como perdas, e ao mesmo
tempo, muitas destas perdas voltarão após recuperados para compor a nova
população.
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