Maria Luzia, boa
tarde,
Respondo por mim: tudo o que falamos aqui,
ressalvando sempre a minha eterna opinião contra o uso de adjetivos
"contundentes" (e que voltaram a aparecem em alguma
mensagem), merece ser considerado pelos donos, administradores e
moderadores do grupo Gay, e na forma de opinião, poderia ser passado
para o Olho NU, ainda que eu creia que o Pedro já leia estas
mensagens.
Acho que a tolerância de todos os lados, e o
esclarecimento e aceitação dos códigos de conduta, tanto da FBrN
como de qualquer grupo de discussão seria um pré-requisito para que
os gays deixassem de ser um gueto e fossem integrados nas comunidades,
como parece ser
o seu justo direito. Eu, pessoalmente continuo achando que
sexo não precisa ser público, nem proibido, nem permitido, muito
pelo contrário... (risos...) O sexo deveria ser algo
lindo como a própria natureza o fez: espontâneo !! Faz
parte da necessidade humana o sexo saudável, carinhoso, prazeroso,
reprodutivo, e se alguma dessas funções não podem ser exercidas no
meio homossexual, entendo que pelo menos não se devam formar guetos.
Seria conveniente se os dirigentes do grupo gay também pudessem -
quem sabe - reavaliar os termos de sua entrevista ao Olho Nu, e talvez
até firmar um novo ponto de vista diferente daquele conhecido pela
opinião pública.
Eu me lembro que já tivemos, se ainda não
temos, membros assumidamente gays no SampaNat (como a Lucia comentou),
e confesso que naqueles momentos, nem a filosofia do grupo, nem algum
membro individualmente foi afetado negativamente por isso. Para mim,
gays
são - como disse a Andréia - pessoas como quaisquer outras, com a
diferença que têm sua preferência sexual diferente da minha.
Acho que todos: naturistas, não naturistas,
gays ou heteros têm o mesmo direito de aproveitar o sol que brilha
sobre nossas cabeças... e eu ainda sonho com o dia em que vamos nos
encontrar todos lá no Parque do Ibirapuera, cada um na sua, em
perfeita harmonia, e sem a policia municipal, civil ou militar a
tentar impor ordem alguma, pois a ordem que prevalecerá será a ordem
da tolerância e do respeito mútuo.
Abraços,
Vanderlei
Castresano
castrv@hotmail.com
Creio que estejamos tirando algumas conclusões precipitadas em relação
a esse assunto e gostaria de colocar aqui o que eu tenho acompanhado
em relação ao grupo Naturistas Gays.
Inicialmente devemos saber que os membros que fundaram esse grupo
faziam parte do nosso grupo de discussão SampaNat2 e que por não
encontrar ali um ambiente "amigável" para as suas idéias,
se desligaram do nosso grupo e fundaram o grupo de discussão
Naturistas Gays.
Acho que aqui já temos alguma "lição de casa" para
fazermos, pois embora nos intitulemos um grupo sem preconceitos,
algumas "facções" da nossa sociedade não se sentem
"acolhidos" em nosso grupo.
Em
um curtíssimo espaço de tempo, esse grupo reuniu um número
considerável de membros e logo partiram para encontros
"reais" que se realizam geralmente uma vez por semana no
Café Vermont, na rua Vieira de Carvalho, no centro de São Paulo.
Não
demorou para que o grupo sentisse a necessidade de se reunir
"ao natural". O problema é que o grupo não conseguia
encontrar um local apropriado para esse encontro. Como alguns
membros do grupo também eram dirigentes de alguns "points"
gays aqui na nossa capital, logo alguns deles se dispuseram a ceder
suas instalações para esses encontros. Dessa forma, o primeiro
encontro "ao natural" desse grupo aconteceu no "The
House", que nada mais é do que um barzinho dirigido para a
comunidade gay, que alem de possuir uma área para convivência,
como um barzinho qualquer, possui tambem algumas "cabines"
onde as pessoas encontram a privacidade necessária para outras
atividades, como por exemplo, o sexo. Vale lembrar que a reunião do
grupo é feita em horário diferenciado do horário normal de
funcionamento dessa casa. Os encontros dos Naturistas Gays ocorrem
entre as 15:00 e as 20:00 Hs e a casa abre para as suas funções
normais a partir das 21:00 Hs.
O
objetivo do grupo, segundo seus idealizadores, é reunir gays ou
pessoas afins, que curtam a nudez social, a fim de lhes propiciar a
vivência da nudez em conjunto. O grupo não exige que os
frequentadores participem de algum tipo de atividade sexual, o que
normalmente ocorre em grupos de "suruba" ou sexo grupal
que existem aos montes em nossa cidade, porem eles também não
impedem que essa atividade sexual ocorra, desde que ela não ocorra
nas áreas determinadas para a convivência social. Trocando em miúdos,
nada diferente de uma área naturista que não pode proibir ninguém
de manter relações sexuais, desde que isso ocorra na privacidade
de seu quarto ou sua barraca.
Concordo com quem queira se expressar de que o local por eles
escolhido não é o melhor local para um encontro desse tipo, porem
não vejo onde poderemos criticá-los por ter uma "política"
exatamente igual a nossa.
Quanto ao fator "segmentação", vejo isso como uma coisa
inevitável, pois na Europa e América vemos vários grupos de
"Andarilhos Naturistas", "Cilcistas Naturistas",
"Alpinistas Naturistas" e assim por diante. As pessoas
buscarem se reunir segundo suas idéias e preferências ,é algo
muito comum e natural. Vários são os grupos Naturistas Gays
existentes no exterior e aqui não deverá ser diferente.
Concordo que, em se tratando de naturistas, devemos ter uma
"proximidade" com todos esses grupos, a fim de mantermos a
"unidade" da filosofia naturista. Talvez essa seja uma idéia
para repassarmos para a FBrN, a da criação de uma "comissão
de boas vindas" que estaria encarregada de
"pesquisar" e tentar "alinhar" os diversos
grupos naturistas/nudistas que temos na internet (são vários aqui
no Brasil).
Um grande abraço e uma ótima
semana a todos
Naturalmente
Dema
wmottabr@yahoo.com.br
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