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Jornal Olho nu - edição N°143 - Outubro de 2012 - Ano XIII

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Congresso Internacional de Naturismo na Croácia: o Sol começa a voltar no 2º dia

por Pedro Ribeiro*

 

Img: José Tannús

As primeiras horas em Koversada foram muito cinzentas, no entanto deu para perceber a grandiosidade do local

O dia seguinte, a sexta-feira, amanheceu ainda cinzenta e muito fria. Fomos ao café da manhã levados pelo veículo, uma van, que faz transporte de passageiros dentro do complexo. Também esta refeição era tipo self-service com grande variedade de opções de pães e chás. Mas o costumeiro café com leite do brasileiro não faltou. Ao término do café da manhã caminhamos na direção de onde seriam realizados os trabalhos do Congresso e já notamos que se vislumbrava uma melhora do tempo, embora ainda estivesse muito frio.

 

Img: Pedro Ribeiro

O plenário do Congresso foi constituído por delegados de 23 países membros da Federação Internacional de Naturismo

O primeiro dia de trabalho começou pontualmente às 9 horas da manhã. Desta vez a organização do local estava com a tradicional mesa em "u" e já se podia acompanhar todo o trabalho com os fones de ouvido da tradução simultânea nos três idiomas oficiais. Também os discursos, opiniões e contestações deveriam ser apresentados somente em inglês, francês ou alemão. Este fato inibiu um pouco a atuação de nosso representante brasileiro, o sempre desinibido Elias Pereira, que pegava carona com os representantes da Espanha e de Portugal para se inteirar melhor dos assuntos debatidos. Mas isso não atrapalhou o resultado final. João Olavo Rosés, presidente da Federação Brasileira de Naturismo, não pode comparecer ao Congresso por motivos de saúde.

 

Img: Pedro Ribeiro

Cada entidade naturista representa um determinado número de votos, os quais são mostrados a cada votação.

Os trabalhos são divididos em duas sessões diárias. Uma antes do almoço e outra após. Nesta primeira manhã ocorreu o encontro conhecido como sessão técnica. Vinte e três países filiados à Federação Internacional de Naturismo estavam representados e com direito ao voto. A pauta foi justamente a apresentação e autorização desses delegados e a checagem do direito de votos de cada entidade representada. Cada associação tem um número determinado de votos que seu sim ou não representa. O Brasil por exemplo representa 5 votos. Ou seja, a cada sim que o Brasil disser contam 5 pontos para a proposta apresentada. Outros países representam muito mais votos, ou menos, do que o Brasil. Portugal representa 2 votos e Holanda, 35! Esta quantidade diferenciada tem a ver com a quantidade de selos da INF (Federação Internacional de Naturismo) adquirida pela associação do país membro. Quem compra mais tem direito a mais votos. Como somente naturistas cadastrados podem receber selos, isto significa, na teoria, que a instituição que compra mais selos é porque tem mais naturistas em seu país. Daí a importância de se fazer parte das associações, adquirir o cartão INF e atualizar o selo todos os anos. Para encerrar a manhã foram eleitos os escrutinadores.

 

Img: Pedro Ribeiro

 

Durante o coffee-break da manhã Pedro Ribeiro, presidente da ANAbricó e editor do jornal OLHO NU, presenteou a presidente da INF Siegelide Ivo com um exemplar do último livro de Paulo Pereira "Sem pedir julgamentos - conforme a natureza".

 

Na parte da tarde, a segunda sessão do primeiro dia, já começaram as deliberações com a aprovação da agenda para este congresso e a aprovação da ata do 32º Congresso da INF, realizado em 2010, na Itália.  Também foram  apresentados os relatórios dos membros do comitê executivo central da INF, além do relatório financeiro e os relatórios dos auditores.

 

Img: José Tannús

Diogo Moreschi celebra a volta do sol e se aventura a mergulhar nas águas frias do Mar Adriático

Na tarde de sexta já começa a voltar o Sol, embora ainda a temperatura permanecesse baixa e o ventinho insistente teimasse contra as nossas ambições naturistas. Mesmo assim as praias de Koversada já começavam a ter um ou outro corajoso que se aventuravam nas águas tranquilas do mar Adriático. Eu com certeza não era um deles. Ao contrário do restante do complexo naturista, não é permitido o uso de peças de roupa nas praias e na água. A única exceção é o uso de sapatilhas especiais para poder pisar no fundo pedregoso do mar. A água do mar, aliás, é uma beleza à parte. É de um azul profundo, nunca visto por estas bandas brasileiras. De uma transparência hipnotizante e convidativa para um mergulho, porém fria e aparentemente mais salgada do que as das praias brasileiras.

 

Img: Pedro Ribeiro

As noites do Congresso foram muito animadas. A cada dia uma atração diferente mas sempre com muita música e dança, inclusive com um grupo folclórico da região que mostrou sua dança típica aos comensais

À noite, mais um jantar animado, com apresentação de um grupo de cantores com músicas mais regionais e depois um cantor com um teclado que fez muitos presentes se lembrarem de tempos passados ao som do rock e música dançante das décadas de 60 e 70 do século passado.

 

 

 

 

 

 

 

 

*editor do jornal OLHO NU

pedroribeiro@jornalolhonu.com

 

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Congresso Internacional da Croácia:

Primeiro dia: experiência única

Terceiro dia: Sol e mar, combinação perfeita

Resumo crítico por Diogo Moreschi

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