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Jornal Olho nu - edição N°147 - Fevereiro de 2013 - Ano XIII |
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A arte do corpo por Pedro Ribeiro*
A Praia do Pinho, durante a realização do V Encontro de Dirigentes Naturistas, recebeu a visita inesperada do artista plástico espanhol José Abajo Izquierdo, que veio para aproveitar a oportunidade de mostrar seu trabalho aos naturistas durante as comemorações do Jubileu de Prata da Federação Brasileira de Naturismo.
Trazido pelo também espanhol Carlos Gil, ex-diretor da INF para o desenvolvimento do Naturismo na América Latina, Izquierdo propôs um trabalho performático usando 25 pares de naturistas, em alusão aos 25 anos de fundação da federação.
Izquierdo tem 34 anos, nasceu na pequena cidade de Burgos, mas vive e trabalha em Madri, onde tem um ateliê para realizar suas obras que, em sua maioria, usam como objeto de arte o corpo humano, transformando-o através de detalhes pictóricos e em seguida fotografando-o em poses ou em nova composição. Pretende dessa forma "transmitir histórias para os outros espectadores no intuito de abrir-lhes as mentes". Iniciou a carreira de artista plástico há dezoito anos e já utilizava o corpo humano como matéria-prima. No início ele era o único modelo, mais tarde começou a usar outras pessoas nos trabalhos. Diz que seu trabalho "tem inspiração na vida, mas busca seus próprios caminhos de solução".
A ideia de vir ao Brasil surgiu quando Glacy Machado, após a participação no Congresso Internacional da Croácia, continuou sua viagem pela Europa e conheceu seu ateliê em Madri. A paixão pelos suas obras foi imediata e um convite informal para visitar o Brasil acabou surgindo entre as conversas. Izquierdo não perdeu tempo. Juntou seus trocados e convenceu seu amigo Carlos Gil rumarem para Camboriú. Ao objetivo de realizar mais um trabalho, desta vez como presente para a federação, somou-se a pesquisa para a encontrar galerias brasileiras que estiverem dispostas a expor suas obras.
Izquierdo é naturista, frequenta áreas naturistas espanholas e em casa o uso de roupas é dispensado. Ele tem trabalhos expostos atualmente em Londres e Veneza. Seu tema atual é o desenvolvimento de uma pequena série sobre tatuagem e pintura. Aliás, foi nessa direção que capturou algumas imagens de voluntários no restaurante do camping da praia do Pinho, onde havia algumas de suas obras expostas.
Jornal OLHO NU flagrou o momento em que um casal se dispôs a ser objeto de seu trabalho. Marina, 31 anos e André, 33, frequentam o Pinho a cerca de um ano e antes disso já haviam estado na praia da Galheta, em sua cidade natal, Florianópolis. Não sabiam que estavam acontecendo as comemorações festivas pela AAPP e FBrN. Os dois deixaram o artista trabalhar uma nova interpretação sobre suas tatuagens corporais. Acharam a experiência de servir como modelo e tela, ao mesmo tempo, muito forte pela chance de experimentarem novas sensações e emoções nessa nova concepção de arte.
O ponto alto do trabalho de Izquierdo neste momento no Pinho foi a performance coletiva com os naturistas. Divididos em 25 pares, tiveram seus corpos pintados de acordo com o objetivo determinado. A ideia era saudar a luz do Sol. Um naturista representa o corpo iluminado e seu par representa a sombra que ele projeta sobre a areia. Cerca de duas horas demorou o trabalho, que despertou a atenção da imprensa e dos outros banhistas presentes.
Contatos com o artista e parte de seus trabalhos podem ser apreciados em sua página na Internet: http://www.abajoizquierdo.com/
*pedroribeiro@jornalolhonu.com
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