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Jornal Olho nu - edição N°47 - agosto de 2004 | |
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Jornal Olho nu - edição N°47 - agosto de 2004 - aqui começa o 5º ano
A nudez na Grécia Antiga pesquisa de Pedro Ribeiro* Neste mês de agosto a grande atração do mundo esportivo é o evento dos jogos olímpicos de Atenas. Durante duas semanas o mundo estará com sua atenção voltada para o país onde surgiu o "ideal olímpico", o qual, segundo historiadores, é bem diferente do atual. OLHO NU não vai falar sobre esportes, mas sim sobre outra grande diferença entre os jogos olímpicos da Grécia Antiga e os da era moderna: a nudez dos competidores. Havia a conexão direta entre a religião e o atletismo. Os deuses que os gregos veneravam eram idealizações de si mesmos, representados na arte como espécimes humanos nus e perfeitos. E durante mil anos, o atleta grego usou o uniforme dos desuses, ele competia nu. Na antiga Grécia toda cultura se voltava para o corpo com seus próprios rituais elaborados. Antes dos exercícios o atleta era lavado, untado e perfumado. Um odor corporal agradável era considerado sinal de divindade. Depois todo o corpo era borrifado com pó, como estava prescrito nos antigos textos: "O pó deveria ser espalhado com um movimento fluido do pulso e com os dedos abertos, para que se transformasse numa nuvem delicada que cobrisse todo o corpo como uma penugem macia". O pó amarelo era o preferido porque "acrescenta brilho e é muito bom ver num corpo simétrico." Após o exercício e antes de se banhar o atleta removia o óleo, o suor, a sujeira e o sangue acumulado com um instrumento de bronze. Acreditava-se que essas substâncias removidas de um corpo jovem e saudável tinham propriedades mágicas e eram usadas como pomadas contra inflamações e doenças de pele. Nenhuma sociedade anterior festejou a beleza humana tão abertamente e sem qualquer constrangimento. Todos os atletas treinavam e competiam nus. Naquela época, os homens faziam companhia aos homens, protelando o casamento, ás vezes, até os 30 anos. Antes disso o centro de sua educação, sua vida social e sexual era o ginásio, local onde você ia ginos, ou seja, nu. Os ginásios eram espécies de clubes com salas de repouso, com banhos e saunas. As mulheres não podiam entrar nestes lugares, nem tampouco assistir às competições e muito menos participar. A penalidade para mulheres que desobedeciam essa regra era a morte. Porém uma história fez mudar um pouco as normas: houve uma mulher, Clipatera de Rodes, que tentou quebrar a regra. Ela vinha de uma grande família de boxeadores e vencedores e se vestiu como treinador para entrar com a família e e ver seu filho ganhar a disputa de boxe. Após a vitória do rapaz ela saltou das arquibancadas e logo que as pessoas reconheceram que era uma mulher, começaram a gritar que aquilo era uma violação da regra. Mas eles não a mataram, porque era de uma família muito importante e, em vez disso, inventaram uma nova regra, segundo a qual todos os treinadores deveriam entrar nos estádios nus. O atletismo grego e a sexualidade grega eram inseparáveis. O atleta vitorioso que vencia esses jogos, se tornava objeto de desejo. Esse indivíduo ganhava status tornando-se quase heróico. E quem não queria fazer sexo com um herói ? Mas a nudez grega não era só uma questão de exibição sexual. Ela invocava a perfeição dos deuses. Removia todas as distinções de nascimento e nível social, uma vez que aristocratas e trabalhadores competiam despidos. Fosse na pista ou na arena, o atleta grego, em tudo que ele fazia, ficava completamente exposto diante do mundo. Fonte: Discovery Channel Semana da Grécia Antiga exibido na TV entre 19 e 23 de julho de 2004. * Professor e naturista
**A fazenda RINCÃO NATURISTA promove no dia 8 de agosto sua mini maratona naturista, quem sabe em futuros jogos olímpicos não tenhamos espaço para a prática esportiva à moda grega ? Clique aqui e leia o regulamento.
E a nudez na Grécia atual ? Leia em NATTurismo uma nova pesquisa sobre o tema. |