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Jornal Olho nu - edição N°52 - janeiro de 2005 - Ano V
A NUDEZ MÁGICA DE BJÖRK Por Jorge Bandeira* O notável talento da cantora e música Björk é reconhecido pela crítica e público, apreciadores de seus dons artísticos desde a época de sua banda de rock Sugarcubes. As imagens de seus trabalhos visuais (clipes musicais) são deslumbrantes. Detenho-me na análise de seu estupendo COCOON (Casulo), magnífica produção assinada por Eiko Ishioda, e seus vínculos com a filosofia do naturismo. Nele, Björk aparece completamente nua. Aliás, o clipe começa com a singeleza de Björk multiplicada em 10, todas nuas, na espera de seus casulos (ou não?). O casulo entra em processo de desenvolvimento a partir dos mamilos de Björk, onde pequenos filamentos rubros saem deles e Björk brinca com suas formas e geometrias, enquanto estes elementos flutuam por sobre o seu corpo nu, tornando-os ora fitas de ginástica olímpica, ora "duas vidas" em suas mãos. Björk encontra-se nua e a mensagem de pureza de seu corpo nu é clara, direta, e a letra da bela música que originou o clipe fala do amor e de suas possibilidades mágicas e simples. No decorrer do clipe musical, porém, a nudez total e etérea de Björk será metamorfoseada a partir do momento em que ela torna-se vítima e prisioneira destes filamentos, e então sua nudez será castigada por estes mesmos filamentos que saíram de seu corpo em estado natural. Este casulo ao inverso pode significar as amarras internas que aprisionam o ser humano, onde a sua nudez consolida-se como a primeira vítima das pressões sociais, familiares, tradicionais e religiosas. O corpo nu de Björk será envolto inteiramente por este vermelho sepulcral e lentamente e a visão melíflua de sua nudez desaparece e em seu lugar surge uma espécie de múmia, lacrada dos pés à cabeça, sendo que este casulo opressor do corpo de Björk começa por suas pernas, perpassando através de seus braços, fazendo com que o seu corpo nu seja totalmente coberto por estes filamentos escarlates. A música vai se esvaindo, e nossa última visão no clipe é a de um corpo aprisionado pelo vermelho, elevando-se (para um céu de opressão?), encapsulado, sem a sua nudez que lhe permitia sonhar. Para quem se interessar e preferir ter sua visão particular deste excelente trabalho artístico, pode acessar o site oficial de Björk www.bjork.com e localizar o clipe COCOON, ou pode vê-lo no DVD Björk Volumen 2, disponível no Brasil. *Jorge Bandeira é amazonense de Manaus, historiador, pós-graduado em História e Artes, ator, diretor teatral, poeta, tradutor, dramaturgo, músico (Banda Alma Nômade) e professor universitário. Atualmente dedica-se em consolidar o naturismo no Amazonas através da divulgação do GRAÚNA(Grupo Amazônico União Naturista). Acesse nossa página http://geocities.yahoo.com.br/grauna_am, a pioneira do Norte Naturista na Net. |