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Jornal Olho nu - edição N°127 - junho de 2011 - Ano XI |
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Seríamos capazes de andar nus na rua? No seguimento das notícias que foram veiculadas nestes dias sobre a proibição da nudez ou da utilização de biquíni ou fato de banho nas ruas de Barcelona, foi-nos colocado por nós, a seguinte questão: Seríamos nós capazes de andar nus pelas ruas, se tal nos fosse permitido? Teríamos coragem para tal feito? Pensamos que não, seria sempre algo estranho, pois se tal lei fosse aprovada seria algo relacionado com nudez opcional, logo nem toda a gente estaria nua, o que já não seria o mesmo, pois nós gostamos de estarmos nus, mas entre outros nus, ou seja em que estejamos todos à vontade pois estamos todos iguais ou entre pessoas que encaram a nudez como algo natural, sem constrangimentos, e se nós já nos sentimos incomodados com os vouyers que nos visitam constantemente nas praias, como nos sentiríamos entre pessoas que não encaram bem a nudez? Com certeza que haveria quem nos gozasse, outros que andariam quilômetros atrás dos nudistas só para poderem ver os seus corpos e até quem nos xingasse e ofendesse. Quando nós vamos à praia ou estamos de férias num parque nudista ou mesmo numa aldeia nudista, aí é completamente diferente pois estamos todos em igualdade de circunstâncias por estarmos todos iguais, ou então as pessoas que possam usar alguma peça de roupa sabem onde estão e não se chocam com a nudez dos outros, como tal existe um à vontade muito maior pois não existe o preconceito parvo nem o apontar do dedo como se fossemos aberrações (vouyers das praias à parte que nos vão ver como se fossem ao jardim zoológico ver outras espécies). Quando estávamos a pensar neste assunto surgiu uma comparação que pode ser elucidativa para quem passou pela situação: Quando se vai para a tropa e se chega pela primeira vez a um quartel, não nos sentimos muito enquadrados, pois no interior do quartel toda a gente anda fardada e nós não, como tal sentimo-nos como um corpo estranho, depois de estarmos algum tempo no quartel e vimos cá fora pela primeira vez, é precisamente o contrário pois no quartel é que nos sentimos em casa devido a andarmos todos de igual e cá fora como estamos diferentes sentimo-nos algo desenquadrados. Achamos que seria assim que nos sentiríamos se nos fosse permitido andar nus nas ruas entre têxteis. Mas a questão mantém-se – Quantos seriam capazes de andar nus pelas ruas, naturalmente? (enviado em 4/05/11 por Peladistas Unidos) |
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