Caro Pedro ,

     Encontrei no “Nude and Natural” 21.4 Verão 2002 (de lá) na seção Heard Abroad o seguinte: Apenas um tubo esponjoso: "Qual é a obsessão de não querer ver uma ereção masculina? O pênis é só um tubo esponjoso que se enche com sangue para ficar ereto quando o sistema nervoso segrega o neuro transmissor certo. Há homens que tem ereções quando estão relaxados e não estão pensando em nada de sexo. A ereção não é um indicativo para qualquer intenção ou  processo de pensamentos... Até naturistas são as vezes 'bonkers" (Pedro ,você tem idéia que pode significar isso? Meus dicionários não conhecem esta palavra) e não conseguem de confrontar a natureza, isto é um pênis simplesmente ereto. A Princesa Diana conseguiu mudar a atitude mundial enquanto aos portadores de AIDS quando ela apertou a mão de um Aidético para provar que a doença não é transmitida pelo toque. Talvez estejamos precisando um gesto destes para o membro ereto masculino inocente."

                            - "Ginger," Cleveland,carta para o editor,H & E, Março de 2002

Abraço, 

Davi

davijan@pradonet.com.br

Pedro,

     Parabéns com os 25 ""OLHOS NUS". Para começar mais uns 25.

     Sorry, que não entendi bem a “história do naturismo no Brasil”. Pensava que era realmente a história  mas virou mais um conto de experiências pessoais do Roberto. Por isso escrevi a carta querendo ajudar na história real do Naturismo no Brasil Mas estes contos são bem engraçados pois retratam bem como um brasileiro reage numa situação como no banheiro misto, ou  o trocar de roupas antes de dormir. Pode imaginar o que uma pessoa do "Velho mundo" sente quando encontra costumes tão recatados. Eu também trocava de roupa sem problema como fui ensinado quando criança até  me dizerem que "aqui-no-Brasil” não se pode fazer isso. Assim todo preconceito de criança em meio naturista só é explicável pelo tipo de educação dada. E o "pavor" dos adolescentes também. Os pais não estão prontos com sua própria sexualidade. O desenvolvimento da civilização jogou fora tudo que era tribal em nome desta civilização cristã, como sendo uma coisa de povo "primitivo" e pagã. Mas se tivéssemos ao menos pais que teriam a oportunidade e capacidade de ensinar os próprios filhos os segredos da vida como na vida tribal, uns meses de recolhimento, não existiriam mais tantas filas de jovens procurando médicos para endireitar os nós da vida nos quais se emaranharam por saber de nada ou saber errado. 

     Gostei muito da tradução sobre o tema Próstata feita pelo Affonso. Outro assunto que cada Naturista homem tem que enfrentar um dia, como assim também os problemas que as mulheres têm que enfrentar no avançar na idade. A prevenção ''é de maior importância. ( Quê prevenção quando tudo é tabu?) Mas isto é para outra oportunidade.

Pedro ,  Até outra vez.

Davi

Aos amigos do Olho Nu

     Li todo o jornal e gostei muito.

     Não considero o naturismo prejudicial às crianças. Claro que existe um choque entre a sociedade convencional com todos os seus preconceitos e a vida no naturismo mas isto sendo bem trabalhado desde cedo não oferecerá nenhuma dificuldade.

     O que acho mais prejudicial para esta faixa etária é o grande apelo sexual que existe em tudo que se faz tanto ao nível de imprensa (televisão) como na própria educação infantil, por exemplo, vejo crianças de 5 ou 6 anos muito preocupadas quando existe outra criança ou adulto em alguma posição em que fique aparecendo por exemplo a calcinha ou a cueca (isto vejo muito fortemente nas cidades do interior do Maranhão).

     É claro que em tal situação o Naturismo é muito difícil de ser aceito e geralmente é visto como "sexo livre" pelos próprios adultos que educam estas crianças e acredito também que isto esteja na origem da grande incidência de gravidez na adolescência e cada vez mais cedo. Claro que não é só isto, mas vejo como um forte contribuidor.

     Se o naturismo for iniciado dentro da própria família, isto é, dentro de casa não haverá grandes choques para as crianças ou adolescentes.

João Eudes

jecfabc@bol.com.br

Boa noite !

    Amigos do jornal olho nu!, gostaria muito de dar os parabéns por essa  iniciativa de vanguarda, fico muito contente em saber que agora teremos um canal a mais de comunicação, entre as pessoas que gostam do naturismo.

Mais uma vez parabéns!

Antonio Pineiro

apphoto@bol.com.br

Caro Pedro

     Como morador em Floripa tenho muitas oportunidades de ir ao Pinho. Porém não me sinto bem lá por uma simples razão: o preconceito para com os desacompanhados. Já fui algumas vezes, com amigos, acompanhado de uma amiga e com a minha mulher. Uma das primeiras vezes que estive lá fui com a minha mulher, e só pela razão de fazer uma caminhada até o "lado proibido", já fui questionado porque estar entrando no lado "permitido" ao retornar, o que me deixou bastante constrangido. A minha vontade naquele momento foi mandar o cara para a puta que o pariu, mas não o fiz por educação. Desculpa-me pelo termo, mas foi exatamente isso que passou na minha cabeça. Até hoje me arrependo.

     O Pinho pode ser uma vanguarda no naturismo no Brasil, mas ainda estão na idade da pedra no aspecto das relações humanas. É verdade que tem muito desacompanhado que é inconveniente e incomoda mesmo. E esta é uma bela oportunidade de os naturistas aprenderem a lidar com este tipo de gente. Sei que é difícil, mas é uma oportunidade de mostrar a eles que a educação é uma coisa importante na vida, que os naturistas não estão ali por exibicionismo ou para arrumar parceiros. Acho que uma boa conversa pode alterar a cabeça de muita gente.

     Quanto a colaborar para a recuperação do espaço onde está a pousada, gostaria primeiro saber qual a razão do problema. Se existe mesmo chance de recuperação. Acho que seria capaz de colaborar. Não tenho preconceito para com o Pinho. É um belo lugar. Embora haja lá outra coisa que não me atrai. Infelizmente o mar é bastante agitado e sempre que vou à praia gosto muito de entrar no mar várias vezes. E nem sempre que fui lá isso foi possível. Mas isto já é um problema pessoal.

     Lamento profundamente pela decisão do desembargador do início do século passado. A luta de vocês é dura e difícil. Isto sim é um preconceito difícil de mudar. Vale também para o Olho de Boi?

     E é bem possível que este tipo de preconceito da decisão do "Desembargador" seja uma das raízes da presença dos inconvenientes nas áreas naturistas. Ou vice-versa quem sabe? Afastar os apenas curiosos e os inconvenientes das áreas naturistas não seria uma forma de fomentar a ilusão neste que a área naturista é um lugar de perversão e imoralidade? O Naturismo deve ser apresentado como um ambiente igual a qualquer outro onde as pessoas vão se divertir ao sol. Apenas que de forma diferente - sem roupa.

Reynaldo

cordoba@floripa.com.br

Caro, Pedro Ribeiro

     A mensagem recebida é alarmante e tem imenso potencial de mobilização dos naturistas usuários da Praia do Pinho.

     Acho, entretanto, que seria indispensável divulgar, a todos os naturistas, o histórico da instalação da Associação naquele morro, quais as relações de "propriedade" da Associação com o terreno onde está instalada e quais as origens dessa pendenga que está levando a Associação a correr risco de ser despejada do local.

     Essas informações são muito importantes para aumentar o potencial de ajuda dos naturistas amantes da Praia do Pinho, como eu e minha família.

Um abraço.

Vicente

vppm@terra.com.br

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