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Jornal Olho nu - edição N°40 - janeiro de 2004 | |
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Jornal Olho nu - edição N°40 - janeiro de 2004
Anunciam nesta edição: Corpos Nus | Pelados | |
Conte
para os leitores do OLHO NU como foram suas primeiras experiências
com o naturismo. Escreva para nós. cartas@jornalolhonu.com
Neste relato, o psicólogo paulista nos conta sobre sua primeira experiência quase frustrada para conhecer o naturismo. |
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UM PRESENTE DE NATAL por Carlos de Paiva*
Época propícia para tentar contar para vocês um pouco da minha primeira experiência com o naturismo; que acaba de completar treze anos em dezembro. Foi na Praia do Pinho em 1990.
Lembro-me que a primeira vez que ouvi falar disso, foi meados dos anos oitenta, quando em férias em Fortaleza, alguém havia comentado sobre um grupo de pessoas que estavam praticando o nudismo na Praia de Canoa Quebrada. Procurei mais informação a respeito e fui até o local. Nada notei e me parece que eram realmente poucas pessoas que isoladamente ficavam nuas quando a praia tinha pouco ou nenhum movimento.
Alguns anos mais tarde, por uma reportagem de televisão,
soube que estava permitido o naturismo na Praia do Pinho. Me interessei
novamente pelo assunto e assim que pudesse iria conhecer àquela praia. A
oportunidade veio no mesmo ano, por uma agência de viagens que anunciava
para o Natal uma viagem a Santa Catarina que incluía a cidade de Camboriú
com suas praias e também a Praia do Pinho. Sem hesitar, decidi que aquele
seria meu presente de Natal daquele ano.
Bem, o tão esperado dia chegou; só que não do jeito que queria. Era um passeio de veleiro que ia passando pelas praias e que também ao longe se avistaria a "terra prometida". Nem pensar! exclamei em pensamento. Comuniquei ao guia turístico que faria um passeio por conta própria naquele dia. É claro, e estou certo de que muitos de vocês já perceberam que aquele dia foi minha primeira vez.
Passei um dia maravilhoso na praia em questão e ao retornar ao hotel, à noite, algumas pessoas do grupo vieram falar comigo sobre o agradável passeio que fizeram e que também tinham visto a Praia do Pinho. Neste momento alguém me perguntou: Mas onde você estava Carlos? Eu estava lá. Respondi altivamente. Vários comentários sucederam-se à minha resposta e todos acharam muito legal eu ter ido conhecer diretamente. Dois dias depois estávamos voltando e eu com aquele gostinho de que "quero mais" que não saía de meu pensamento. Puxa, só um dia...
Bem, resumindo, dois dias depois estava de volta com meu carro e acabei passando mais uns quinze dias indo à praia naturista regularmente. Na época a estrada ainda era de terra e bem precária, o que logo nos primeiros dias acabou ocasionando um belo de um furo no escapamento do carro de um barulho ensurdecedor.
Pessoalmente, a experiência foi prazerosa, espontânea e sem dificuldades. Creio ter sido, e ser até hoje, uma confirmação ou expressão pública e social de minha maneira de ser. Uma conseqüência natural de procurar sempre estar ao lado de movimentos que visam a liberdade, o respeito e a valorização do indivíduo. Nos últimos anos, tenho dividido minhas práticas basicamente entre a Praia do Pinho e a Praia da Galheta em Florianópolis.
*Psicólogo, São Paulo |
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