enviado por Cristina
Denise*
Quando chega o verão, nós, humanos, nos sentimos atraídos pelo mar.
Multidões se reúnem nas praias buscando um contato com as ondas
que nos proporcionam prazer e descanso.
Porém, o caminhar do ser humano deixa sua trilha fatal nas areias da praia.
Milhões de sacolas de nylon e plásticos de todo o
tipo são largados na costa, o vento e as marés se encarregam de arrastá-los
para o mar.
Uma sacola de nylon pode navegar várias dezenas de anos sem se degradar.
As tartarugas marinhas confundem-nas com as medusas e as comem, afogando-se na
tentativa de engoli-las.
Milhares de golfinhos também morrem afogados...
Eles não têm capacidade para reconhecer os lixos dos humanos,até porque, "tudo o
que flutua no mar se come".A tampa plástica de uma garrafa,
de maior consistência do que a sacola plástica, pode permanecer inalterada,
navegando nas águas do mar por mais de um século.
O Dr. James Ludwing, que estava estudando a vida do albatroz na ilha de Midway,
no Pacífico, a muitas milhas dos centros povoados, fez uma descoberta espantosa.
Quando começou a recolher o conteúdo do estômago de oito filhotes de albatrozes
mortos, encontrou: 42 tampinhas plásticas de garrafa, 18 acendedores e restos
flutuantes que, em sua maioria, eram pequenos pedaços de plástico.
Esses filhotes haviam sido alimentados por seus pais que não conseguiram
fazer a distinção dos desperdícios no momento de escolher o alimento
A próxima vez em que Você for à sua praia preferida, talvez encontre na areia
lixo que outra pessoa ali deixou. Não foi lixo deixado por Você, porém, é
SUA PRAIA, é o SEU MAR, é o SEU MUNDO e Você deve fazer algo por ele.
Muitos pais jogam com seus filhos o jogo de: "vamos ver quem
consegue juntar a maior quantidade de plásticos?" como forma de uma inesquecível lição de ecologia.
Outros, em silêncio, recolhem um plástico abandonado e levam-no para suas casas,
com restos do mar.
Você os verá passarem sorridentes, sabendo que salvaram um golfinho.
Não se pode defender o que não se ama, e, não se pode amar o que não se conhece".
*naturista e ecologista
cristinadenise@bol.com.br
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