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Jornal Olho nu - edição N°55 - abril de 2005
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Jornal Olho nu - edição N°55 - abril de 2005 - Ano V

Os Têxteis

por Cláudio Guerra*

Cartaz do filme

OLHO NU está sempre à procura de filmes cuja temática seja naturista, ou que tenha uma personagem naturista com situações em áreas naturistas, ou, ao menos, algumas cenas com pessoas nuas num ambiente que possa ser relacionado ao naturismo.

A procura é exaustiva e os resultados são pífios, pois parece que o naturismo ainda não interessa muito aos produtores, diretores e escritores. Mas surpresas acontecem.

Um produção francesa de 2003, "Les textils", conta com história totalmente imersa no mundo naturista. Estrelado por Barbara Schulz e Alexandre Brasseur, direção de Franck Landron, estreou nas salas francesas em 9 de junho de 2004, e continua até hoje em cartaz em Paris. Leia a seguir a sinopse oficial:

foto: ocean-films.com

O diretor Franck Landron

"Sophie e Olivier formam um casa sem história, sem vida... Eles são padeiros e levam uma vida permeada pelos constrangedores horários. Sophie sente que seu marido não dá mais uma real atenção a ela...

Lendo um pequeno anúncio em sua padaria, Sophie e Olivier entram em contato com Paul e Collette, um casal idoso bem estranho que deseja vender sua casa de férias. Comprando a casa sem mesmo a ver, Sophie não se dará conta de que vai se encontrar dentro de um campo naturista."

O diretor Frank Landron resolveu fazer este filme depois de uma experiência pela qual passou no metrô de Nova York. Ele era o único homem "branco" no vagão. Segundo ele, pela primeira foi possível ter a consciência da sua cor ao sentir a intolerância dos outros homens que eram todos negros.

Em seu filme, Sophie estará sempre vestida num campo naturista e sofrerá com o olhar dos outros para que ela se desnude como todos estão.

foto: ocean-films.com

bastidores da filmagem

Sophie, segundo o diretor, é aquela mulher do quadro de Manet "Le déjeuner sûr herbe" só que ao contrário. (Nota do tradutor: nesse quadro, dois homens vestidos estão com uma mulher nua durante uma refeição num parque público. Eles parecem agir normalmente como se a nudez não existisse- clique no link acima para ver a obra).

É portanto a história de Sophie, uma mulher que não se sente olhada pelo marido, mas que este a olhará como ela jamais viu, nem que seja necessário para isto, fazer uma viagem para o outro lado do mundo e então ver com novos olhos uma cidade e aqueles que nela vivem. 

Leia a seguir dois comentários a respeito do filme feitos por críticos de filme franceses:

"Apesar do caráter anedótico do seu estudo do comportamento humano, Landron nunca vacila ao mostrar o aspecto moderno da nudez com o olho de que sabe do que fala, livrando completamente os nudistas da idéia de serem "surubistas". O diretor, deixando de lado a hipocrisia de mostrar closes da nudez (NOTA: a crítica cita um close de um cul...) apóia-se também num cenário perfeitamente usado. Todavia, peca num diálogo um pouco frouxo das pernas. De fato Barbara Schultz é realmente atriz genial, tanto aqui como em outros filmes". 

Grégory Alexandre - Cine Livé

 

Seios, coxas e sexos nus, mostram todos como falsamente liberados, mas ainda bloqueados em seus sentimentos, pois ao se verem uns aos outros nessa forma, procuram apenas uma coisa: o amor. É claramente menos engraçado que as coisas vistas sobre o M6 (NOTA: deve ser um programa local) no domingo a noite bem tarde, se é que nele tem Barbara Schulz uma comediante contagiante. (É tudo isso que ele nos propõe?)

La rédaction - Aden 

 

Veja algumas fotos do filme (clique para ampliar): 

*museolog2001@superig.com.br 


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