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Jornal Olho nu - edição N°37 - outubro de 2003 | |
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Jornal Olho nu - edição N°37 - outubro de 2003
Anuncia nesta edição |
O INCOMPREENDIDO NATURISMO por Miriam Alles e Regina e Paulo Werneck*
A revista ISTOÉ em sua edição 1770 publicou uma reportagem sobre as dificuldades que os naturistas cariocas enfrentam para liberar uma praia oficial (leia em OLHO NU nº 36). No texto, foi citada a praia da Galheta, como uma das praias oficializadas do país. Um leitor da revista enviou uma carta à editora, que foi publicada na edição seguinte, repudiando a oficialização da mesma. Embora o missivista se diga um frequentador da Galheta, demonstrou muita falta de informação. Leia a seguir sua carta na íntegra. "Lamento sinceramente a notícia de que a praia da Galheta foi "oficializada" como espaço para naturistas. Freqüentei esta praia - completamente nu -por seguidos verões, e o que ela tinha de melhor acredito que esteja agora perdido: a convivência pacífica entre pessoas vestidas e despidas, famílias, casais, solteiros, idosos, jovens e crianças, homos, heteros e pansexuais. Aquilo foi um espaço de vivência absolutamente democrática, onde o respeito à individualidade e direitos, próprios e do próximo, eram regidos por uma "lei" simples e natural, ligada exclusivamente aos desejos e bom senso de cada um. Entregar a belíssima faixa de areia a um grupo determinado, que dita regras e mais regras é um atentado àqueles que prezam a naturalidade das relações humanas e não se sentem à vontade em ter que obedecer aos ditames rançosos dos que, contraditoriamente, se auto-intitulam "naturistas".
YURI BRANCOLI São Paulo- SP
Em seguida, cartas de protesto enviadas à revista e até a presente data não publicadas: "Não sei há quanto tempo o Yuri não visita esta praia. O que ele acredita estar perdido é exatamente o que os naturistas da Galheta sempre tem defendido, sobretudo depois que os vereadores de Florianópolis aprovaram por unanimidade a lei do naturismo, em 1997. Não se pode esquecer que antes desta lei os nudistas da Galheta eram constantemente insultados, agredidos e mesmo executados, como foi o estudante de Caxias do Sul, Adroaldo Belmonte Rodrigues da Silva, em 03/04/ 1983. Esta hostilidade sempre se escorava na hipocrisia moralista e no preconceito contra a liberdade de orientação sexual que, mesmo hoje, continuam fazendo muitas vítimas. Na praia da Galheta valem as mesmas regras que vigoram em qualquer espaço público; o respeito pela natureza, em especial a humana, e o bom senso dispensam códigos especiais de ética. Com isto não estamos defendendo comportamentos inconvenientes que são comuns em qualquer canto onde falta presença policial. Graças ao trabalho voluntário
da AGAL a Galheta é hoje a única praia virgem da Ilha de Santa Catarina, sem
discriminação de vestidos ou não e sem restrições à liberdade de orientação
sexual. Recomendamos a leitura do livro "Praia da Galheta 2002", Ed.
Achiamé, Rio de Janeiro, para maiores informações sobre os naturistas e
defensores deste maravilhoso patrimônio público. Miriam C. Alles, Vice- pres. da AGAL, Associação Amigos da Galheta
"Praia da Galheta:
Com relação à carta publicada no nº1770 (Procura-se Praia), queremos dizer que frequentamos nos últimos dois anos e fomos muito bem acolhidos, não sentindo qualquer constrangimento entre vestidos, pelados, GLS e famílias, tendo tido máximo proveito da beleza que a AGAL (Associação dos Amigos da Galheta) se esforça em conservar selvagem, lutando contra a especulação imobiliária. Trata-se de praia em que o nudismo é, por lei, facultativo!!
Regina Célia e Paulo Sérgio Werneck (Taubaté/São Paulo) dasimattos@ig.com.br
*Naturistas
e frequentadores da praia da Galheta |